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Interior

Polícia apreendeu joias, dinheiro e carros na mansão de sócio de traficante

Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado divulgou hoje balanço da Operação Chacal

Helio de Freitas, de Dourados | 19/08/2020 15:12
Vista aérea da mansão onde morava sócio de “Cabeça Branca” (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Vista aérea da mansão onde morava sócio de “Cabeça Branca” (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Dinheiro, joias e veículos foram apreendidos na Operação Chacal, deflagrada segunda-feira (17) pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil, após a prisão de Charles Miller Viola, 46, apontado como sócio do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”. O balanço da operação foi divulgado hoje.

Com nome falso de Carlos Roberto da Silva, que ele usava desde 1998, Charles vinha morando em uma mansão alugada no condomínio de luxo Ecoville, em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Na segunda-feira, após a prisão de Charles Viola, feita por equipe do Dracco no domingo à noite entre os municípios de Jaraguari e São Gabriel do Oeste, os policiais fizeram buscas na casa onde ele morava com a esposa e o filho de 15 anos, em Dourados.

Equipes do Dracco e do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Rio Brilhante passaram sete horas na mansão e até um cão farejador auxiliou nas buscas.

Conforme a Polícia Civil, durante as diligências os policiais apreenderam documentação com indícios de lavagem de capitais, veículos, joias, equipamentos de informática, aparelhos celulares e grande quantidade de dinheiro em espécie, tanto em moeda nacional como em moeda estrangeira. Foi localizado um cofre dissimulado em fundo falso em uma das paredes da mansão.

Chales Miller estava foragido da Justiça depois de ter sido condenado por homicídio qualificado em Goiás, mas vinha sendo monitorado pelos policiais de Mato Grosso do Sul. No domingo, ele foi preso ao apresentar identificação com nome falso.

“As impressões digitais do suspeito foram confrontadas com as impressões do documento de identificação de Goiás e confirmado que era o autor do homicídio cometido naquele Estado. Foi dado também cumprimento ao mandado de prisão por homicídio”, afirma nota da Polícia Civil.

Charles foi preso em flagrante por uso de documento falso e será investigado pelo Dracco em razão de seu patrimônio incompatível.

Segundo as investigações, o criminoso se mudou para a fronteira com o Paraguai e passou a integrar a organização criminosa liderada por “Cabeça Branca”.

Eles já tinham sido condenados pela Justiça Federal por lavagem de dinheiro do tráfico ao dissimular a propriedade de diversos bens, inclusive aeronaves. A verdadeira identidade de Charles não foi descoberta à época e ele foi processado e condenado como Carlos Roberto da Silva.

Polícia na mansão onde Charles Viola morava usando nome falso (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Polícia na mansão onde Charles Viola morava usando nome falso (Foto: Divulgação/Polícia Civil)


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