Polícia encontra cofre oculto em mansão onde morava sócio de narcotraficante
Policiais deixam a mansão após 7 horas de busca e levando um Corolla
Depois de aproximadamente sete horas de buscas, os policiais civis deixaram no começo da noite desta segunda-feira (17) a mansão de Charles Miller Viola, de 46 anos, apontado como sócio do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”. Conforme apurado pela reportagem, com o auxílio de cães farejadores, os policiais procuraram até compartimentos secretos na casa. Em um desses locais foi encontrado um cofre oculto.
Charles Miller , que usava nome falso de Carlos Roberto da Silva, morava desde dezembro do ano passado no imóvel que fica em um condomínio de luxo em Dourados, cidade a 233 quilômetros de Campo Grande. A mulher do suspeito, identificada como Alice Esteche Fernandes, disse que não sabia que o marido usava nome falso.
Entretanto, ela e o Carlos Roberto são réus em processo por lavagem de dinheiro. Um Corolla encontrado na casa foi apreendido, mas a mulher nao foi presa. As buscas no imóvel foram feitas por policiais do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e Sig (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil. O Dracco ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, nem informou o que foi encontrado no cofre.
Buscas e prisão - Charles é apontado como operador dos negócios de “Cabeça Branca”, apontado como principal fornecedor de cocaína para as facções brasileiras. O narcotraficante cumpre pena no Presídio Federal de Catanduvas (PR), depois de ser preso no dia 1º de junho de 2017, em uma padaria de Sorriso (MT), onde vivia com nome falso e com o rosto transformado por cirurgias plásticas.
Charles foi preso na noite deste último domingo e, desde as primeiras horas desta manhã a força-tarefa da Operação Chacal, deu iniciou as buscas no endereço que fica no condomínio Ecoville, onde o preço médio das casas gira em torno de R$ 3 milhões e o aluguel custa em média R$ 7.500. Charles usava nome falso de Carlos Roberto da Silva há pelo menos duas décadas.