Polícia encontra no mato barra de ferro usada por sobrinho para matar o tio
Também foram aprendidas calça supostamente usada pelo assassino e uma corda
Foi encontrada jogada no mato a barra de ferro usada para matar Veríssimo Coelho dos Santos, 61, no dia 31 de março deste ano em Dourados, a 233 km de Campo Grande. A peça estava a 8 quilômetros de distância da chácara de Sauro Henrique Teixeira da Silva, 28, sobrinho-neto da vítima e principal suspeito de ter planejado a morte de Veríssimo para ficar com os bens do parente.
O pedaço de ferro foi encontrado por agentes do SIG (Setor de Investigações Gerais), da Polícia Civil, nos fundos do bairro Estrela Verá, perto do Córrego Engano, região leste da cidade.
No local onde a peça estava também foram encontradas uma calça jeans masculina e uma corda. Ao Campo Grande News, o delegado do SIG Erasmo Cubas disse que os indícios são de que a calça estava sendo usada por Sauro no momento do crime e a corda foi utilizada para amarrar e enforcar a vítima.
Os materiais teriam sido jogados no local por outro envolvido no crime, o traficante Gustavo Rodrigues de Souza, 19, o “Gustavo Guerreiro”. Além de fornecer a pistola calibre 380 usada no assassinato, ele ajudou Sauro a se livrar dos vestígios. Os dois estão presos.
O local onde o ferro, a corda e a calça foram encontrados fica na mesma região do Jardim Canaã IV, onde Gustavo mora. Foi na casa dele nesse bairro que a polícia apreendeu a pistola. A mulher de Gustavo também foi presa, mas por tráfico de drogas, já que os dois mantinham “boca de fumo” na residência.
Corpo em veículo – O corpo de Veríssimo foi encontrado dentro da caminhonete dele, uma Silverado branca, na manhã de quinta-feira (31). A caminhonete foi abandonada em uma rua sem saída nos fundos de condômino fechado na região sul da cidade.
A polícia também já encontrou indícios de que Veríssimo foi assassinado na chácara de Sauro, na Sitioca Campina Verde, e depois o corpo foi deixado dentro da caminhonete, a 500 metros em linha reta do local da morte. Na propriedade do suspeito foi encontrada marca no chão, indicando que o sangue da vítima foi raspado e terra espalhada em cima.
Quando estava no banco do passageiro da Silverado, Veríssimo também foi alvejado por 16 tiros de pistola calibre 380. A polícia ainda não sabe se ele ainda estava vivo nesse momento ou se os tiros foram apenas para atrapalhar as investigações.
Preso no mesmo dia em que o corpo foi encontrado, Sauro nega participação no crime e diz que considerava o tio-avô como seu pai. Gustavo, preso na noite de terça-feira (6), confessou ter fornecido a arma e ajudado Sauro a se livrar do corpo e a ocultar os materiais presentes na cena do homicídio.
Sauro é suspeito de ter planejado o assassinato do tio-avô para ficar com os bens da vítima, entre eles uma carreta Volvo bitrem avaliada em pelo menos R$ 350 mil. A carreta tinha sido transferida para o nome da empresa de Sauro. Ele alega ter comprado a Volvo, mas não há registro do pagamento.