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Interior

Pressionada por Reinaldo, Câmara vota contrato da Sanesul ainda em 2016

Na segunda-feira, vereadores vão discutir inclusão na pauta do projeto que renova a concessão por mais 30 anos

De Dourados | 08/12/2016 10:45
Reinaldo recebeu Délia em outubro, mas projeto da concessão continuou parado (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)
Reinaldo recebeu Délia em outubro, mas projeto da concessão continuou parado (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)

A Câmara de Vereadores de Dourados deve votar nos próximos dias o projeto encaminhado pela prefeitura que renova por mais 30 anos a concessão para a Sanesul explorar o sistema de saneamento da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.

O Campo Grande News apurou que o assunto será discutido em uma reunião dos vereadores na segunda-feira e existe possibilidade de o projeto entrar na pauta da sessão do mesmo dia.

Além da sessão do dia 12, uma segunda está prevista para ocorrer antes do recesso da Câmara de Vereadores, que começa no dia 19 deste mês. A previsão é que seja realizada no dia 15, para limpar a pauta.

Projeto parado – A renovação chegou a ser aprovada em primeira votação, em regime de urgência, no dia 6 de junho deste ano, mas a atuação do Ministério Público provocou a retirada da pauta da sessão seguinte.

Na época, os vereadores Elias Ishy (PT), Virginia Magrini (PP) e Délia Razuk (PMDB) – eleita prefeita em outubro – foram ao Ministério Público para pedir a discussão mais detalhada do projeto em uma audiência pública antes da renovação.

Após ser eleita prefeita, Délia discutiu o assunto com o governador na primeira agenda com Reinaldo após a eleição, no dia 21 de outubro. Reinaldo pediu o apoio da ainda vereadora para a renovação, mas novamente o projeto continuou fora da pauta.

Na terça-feira (6), ao cumprir agenda em Dourados, o governador voltou a repetir que a Sanesul pretende investir quase R$ 110 milhões para ampliar as redes de esgoto e de água tratada na cidade, mas deixou claro que espera a renovação da concessão para iniciar as obras.

“A Sanesul é uma empresa pública, não podemos fazer um compromisso desse tamanho correndo o risco de ficar sem a concessão daqui a três anos”, afirmou Reinaldo.

Ele disse que a estatal vai utilizar o contrato de concessão como garantia para o empréstimo que vai fazer para bancar as obras de ampliação do saneamento em Mato Grosso do Sul.

Já Délia Razuk defende contrapartida maior da estatal para renovar a concessão. Interlocutores da prefeita eleita afirmam que Délia questiona inclusive o valor da taxa de esgoto cobrada pela Sanesul, que é de 60% do valor da conta de água.

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