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Interior

Servidor preso teve exoneração negada e está afastado há 2 meses, diz advogado

Ele foi um dos presos preventivamente na segunda fase da Operação Tromper, do Gaeco

Cassia Modena e Bruna Marques | 21/07/2023 11:12
O advogado do servidor, João Carlos Gomes, disse que "foi pego de surpresa" (Foto: Paulo Francis)
O advogado do servidor, João Carlos Gomes, disse que "foi pego de surpresa" (Foto: Paulo Francis)

Investigado e preso preventivamente a mando de decisão judicial obtida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o servidor público do setor de compras e licitações da Prefeitura de Sidrolândia, Tiago Basso da Silva, está afastado há dois meses da função e tentou pedir exoneração. Foi o que afirmou seu advogado à reportagem, nesta sexta-feira (21).

Responsável pela defesa de Tiago, João Carlos Gomes disse ter sido "pego de surpresa com a prisão". Ele explicou que o servidor está de licença médica. "Está fazendo tratamento médico. Depressivo, após esses fatos todos investigados", detalhou o advogado.

Tiago chegou a pedir exoneração do cargo, mas a prefeita Vanda Camilo (PP) o negou, também de acordo com Gomes. O Campo Grande News questionou a informação à prefeita e à assessoria de imprensa da prefeitura, mas não teve sucesso. O espaço segue aberto.

Este mês, Tiago recebeu R$ 1,9 mil em remuneração da prefeitura, como mostra o Portal da Transparência da Prefeitura de Sidrolândia. O rendimento mensal é o mesmo desde janeiro.

De moletom cinza, servidor se esconde atrás de policial do Gaeco. (Foto: Paulo Francis)
De moletom cinza, servidor se esconde atrás de policial do Gaeco. (Foto: Paulo Francis)

Operação do Gaeco - Tiago é um dos investigados da Operação Tromper do Gaeco, iniciada em maio deste ano. O objetivo do grupo é desarticular um esquema de sonegação fiscal, peculato, associação criminosa e fraudes em licitações na Prefeitura de Sidrolândia, que supostamente favoreceu as empresas Rocamora Serviços de Escritórios, R&C Comércio Serviços e Manutenção Ltda, Everton Lúcero e 3M produtos.

Juntas, as empresas citadas receberam mais de R$ 13 milhões da administração municipal. A operação está na segunda fase e as investigações continuam. Nesta sexta-feira, policiais apreenderam documentos e computadores, de acordo com informações do Gaeco, e estiveram na sala da prefeita.

O mandado de prisão preventiva contra ele foi expedido em 26 de junho, segundo o advogado do servidor, mas cumprido somente nesta sexta-feira. Além de Tiago, foram presos os empresários Roberto Valençuela, proprietário da R&C Comércio Serviços, e Ueverton Macedo, conhecido como "Frescura", e proprietário da mecânica Everton Lucero.

As três prisões marcam a segunda fase da Tromper. Um quarto mandado foi expedido e deverá ser cumprido pelo Gaeco, conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). A reportagem está em Sidrolândia acompanhando os desdobramentos da operação.

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