Sesai nega pânico em Japorã e diz que reféns "só estão impedidos de sair"
A Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) nega pânico entre participantes da 5ª Conferência de Saúde Indígena, na aldeia Porto Lindo em Japorã, a 487 quilômetros de Campo Grande, que estão reféns de índios.
A tensão na aldeia foi relatada ao Campo Grande News por orelhão, pela enfermeira da Sesai, Lidélcia Dorneles Ledesma, uma das reféns. No entanto, o chefe do Distrito Sanitário Indígena, Luis Antônio de Oliveira Júnior, que está em Brasília, pediu para que funcionários entrassem em contato com a reportagem e avisassem que os reféns “só estão impedidos de sair”.
De acordo com a Sesai, os 40 reféns - servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio), da Sesai, professores e policiais – não estão sendo torturados, nem amarrados, já se alimentaram e apenas não podem sair da aldeia.
Os índios estão com o corpo pintado e com arcos e flechas. Eles vieram de três aldeias e dois assentamentos. Numa tentativa de esfriar os ânimos, a programação do seminário prossegue na aldeia.
A situação teve início por volta das 9 horas. Os indígenas avisaram que só liberam os trabalhadores com a chegada de um representante de Brasília na aldeia.