Três Lagoas monitora capivaras e risco de febre maculosa
Cidade tem três lagoas, com visitação do público e proximidade aos animais; monitoramento é rotina
A Prefeitura de Três Lagoas vai realizar amanhã um monitoramento nas capivaras que vivem nos parques da cidade. O trabalho de avaliação da condição de saúde dos animais é frequente, entretanto, desta vez, haverá uma atenção especial em relação à presença do carrapato estrela, que causa a febre maculosa, doença que provocou quatro mortes em um curto espaço de tempo em São Paulo, a partir de um foco em uma chácara de Campinas.
Como a doença pode progredir para casos graves e causar a morte, autoridades passaram a dedicar mais atenção em alertar sobre os riscos e defender a prevenção.
O animal silvestre é um dos principais hospedeiros do carrapato e, na cidade, como há vários espaços de lazer em que o público se aproxima dos bichos, houve a cautela em verificar se há algum risco. O carrapato provoca a doença ao sugar o sangue das pessoas se estiver contaminado pela bactéria Rickettsia rickettsii.
Conforme a prefeitura da cidade, o trabalho, desenvolvido pelas Secretarias de Saúde e de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA), e realizado pelo Departamento de Entomologia, Endemias e Centro de Controle de Zoonoses, começará na Lagoa Maior. Como diz o nome, a cidade tem três lagoas e a Maior é o principal ponto turístico do município.
O trabalho de monitoramento na cidade é permanente, para a verificação do bem-estar dos animais silvestres, existente há mais de uma década. Nos quatro anos anteriores, segundo os técnicos, não houve registro da presença do carrapato nos bichos avaliados.
Em Campo Grande, um menino de um ano está internado e sob investigação se estaria com a doença, após apresentar sintomas parecidos aos verificados na doença. Na Capital também há vários locais públicos com a presença de capivaras, como o Parque das Nações Indígenas e o campus da UFMS, entretanto, a reportagem não obteve com as autoridades sanitárias informações se haveria algum monitoramento especial sobre o risco de ocorrência da doença na cidade, que teve o último caso registrado em 2018, sendo seis casos ao longo de dez anos.