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Cidades

Juiz ouve dois sobre policial ter tentado matar Betão

Redação | 23/09/2009 13:02

O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, ouve amanhã, às 14h30, as testemunhas de defesa do policial militar Hudman Ortiz, 46 anos. Serão ouvidos o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Luiz Carlos Rodrigues, e o ex-comandante do 10º Batalhão, coronel Amauri Cantelli de Alcântara.

Neste caso, o policial passou da condição de vítima a réu por tentativa de homicídio contra o ex-servidor público Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão, que está preso na penitenciária federal de Campo Grande desde junho do ano passado.

Ortiz, que teve o irmão morto a tiros por Betão no caso, em 15 de julho de 2003, é acusado de tentar armar uma emboscada para matar o ex-servidor público estadual. Ao se defender, ele acabou atingindo os dois militares, sendo que Hudson morreu e Hudman ficou paraplégico.

Reviravolta - Em agosto do ano passado, o júri popular absolveu Betão da morte do irmão de Hudman, o policial militar Hudson Ortiz. Na ocasião, ele alegou legítima defesa e também foi inocentado da tentativa de homicídio contra Hudman.

Betão disse que havia saído do posto de combustíveis onde costumava tomar tereré e seguia para casa dele, como de rotina, e então percebeu que era seguido por uma motocicleta. Colocou a arma embaixo da coxa esquerda e segundo ele, após ter recebido um tiro de raspão, começou a atirar.

O servidor público declarou que a princípio achou que a intenção do motociclista era roubar a caminhonete dele. E que estava sempre alerta, porque respondia a um homicídio culposo (acidente de trânsito sem intenção pelo qual já foi absolvido) e a um homicídio doloso (com intenção), e poderia ser alvo de vingança.

Na denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), consta que Hudson Ortiz pilotava uma motocicleta que tinha o irmão dele, Hudman, como passageiro. A moto foi ultrapassada por Betão, que atirou.

Preso em junho de 2008, Betão estava foragido desde 2004. Ele responde por um homicídio no Guarujá (SP). Betão permanece preso porque tem prisão decretada pela justiça de São Paulo.

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