Mudança em rota para escoar safra ameaça interesse em leilão da BR-163
O leilão da BR-163, em Mato Grosso do Sul, pode sofrer influência de uma já certa mudança na rota de escoamento as safra nos próximos anos.
De acordo com o jornal o Estado de São Paulo, a rodovia do Estado é considerada caso mais grave no diálogo entre governo e empresas. A expectativa é que parte da produção, hoje escoada por São Paulo e Paraná, siga para os portos do Pará.
Após o fracasso do leilão da BR-262, no Espírito Santo e Minas Gerais, o governo está reavaliando a projeção do tráfego nas próximas rodovias a serem privatizadas. Conforme estudo da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), a rodovia registra fluxo de 66,4 mil veículos por dia.
O leilão BR-163, que corta o Estado de Norte a Sul, deve ser realizado no dia 20 de dezembro. A via será repassada pelo governo federal à iniciativa privada. O edital de abertura de concorrência será publicado no dia 25 de outubro. Inicialmente, três rodovias seriam privatizadas em Mato Grosso do Sul: 163, 262 e 267.
No entanto, por falta de viabilidade econômico-financeira, a ANTT excluiu as BR-262, trecho entre Campo Grande e Três Lagoas, e BR-267, de Nova Alvorada do Sul a São Paulo.
Desta forma, a malha viária a ser privatizada caiu de 1.423 para 847,2 quilômetros no Estado. A nova proposta reduz os investimentos de R$ 11,2 bilhões para R$ 6,5 bilhões e aposta em queda de 16,9% no valor dos pedágios, de R$ 9,54 para R$ 7,92, em média, a cada 100 quilômetros. A taxa de retorno interna do vencedor do certame será de 7,2% e a concessão será pelo período de 30 anos.