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Cidades

PM acusado de liderar “máfia” é transferido para presídio de Mossoró

Preso em 25 de junho pela Polícia Federal, ele estava na penitenciária federal de Campo Grande

Aline dos Santos | 16/01/2019 07:36
Justiça Federal autorizou transferência de preso para o Rio Grande do Norte. (Foto: Henrique Kawaminami)
Justiça Federal autorizou transferência de preso para o Rio Grande do Norte. (Foto: Henrique Kawaminami)

Acusado de liderar “máfia” de tráfico de drogas e preso na operação Laços de Família, o policial militar Silvio César Molina de Azevedo foi transferido do presídio federal de Campo Grande para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A transferência foi em 27 de dezembro, com a informação anexada ao processo em 14 de janeiro.

A operação Laços de Família foi deflagrada em 25 de junho pela PF (Polícia Federal). De acordo com as investigações, o subtenente Molina liderava um grupo que atuava com características de máfia em Mundo Novo, a 476 km de Campo Grande, e tinha relações comerciais com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Foram identificados vários núcleos, como o familiar, que era liderado pelo policial; o operacional e apoio logístico, integrados por gerentes; e os “correrias”, definição para quem presta toda a sorte de serviços (motorista, segurança pessoal de membros do grupo).

Durante a investigação, a Polícia Federal apreendeu R$ 317.498,16, joias avaliadas em R$ 81.334,25, duas pistolas, 27 toneladas de maconha, duas caminhonetes e 11 veículos de transporte de carga.

Silvio Molina foi preso em junho do ano passado, durante operação da PF. (Foto: Reprodução/Facebook)
Silvio Molina foi preso em junho do ano passado, durante operação da PF. (Foto: Reprodução/Facebook)

Os mandados de busca e apreensão ajudam a dimensionar o tamanho do patrimônio do grupo: 136 ordens de sequestros de veículos, sete mandados para apreender aeronaves (helicópteros).

Além de cinco mandados de sequestro de embarcações de luxo e 25 mandados de sequestro de imóveis (apartamentos, casas, sítios, imóveis comerciais).

As ordens judiciais foram cumpridas em MS, Paraná, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Norte.

Primeiro, o policial militar ficou preso em Naviraí, mas foi transferido emergencialmente para a penitenciária federal de Campo Grande pelo risco de fuga e alta periculosidade.

A Justiça Federal aceitou em agosto denúncia contra 22 suspeitos de integrarem o grupo. O MPF (Ministério Público Federal) denunciou tráfico transnacional de drogas, associação para o tráfico, lavagem de capitais e posse ilegal de arma de fogo.

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