Preso por tráfico de armas, Betão é solto novamente
O ex-funcionário público estadual Alberto Aparecido Roberto Nogueira, conhecido como "Betão", foi solto hoje pela manhã, quase um mês após ter sido detido por contrabando de armas de fogo e posse ilegal.
Ele estava preso no Instituto Penal de Campo Grande, e foi liberado por volta das 8h30, segundo apurou o Campo Grande News.
O juiz da 5ª Vara Federal Criminal da Capital, Dalton Igor Kita Conrado, deferiu ontem à noite o pedido de liberdade provisória protocolado pelo advogado de Betão, José Roberto Rodrigues Rosa.
O MPF (Ministério Público Federal) havia opinado pelo indeferimento, mas o juiz decidiu liberar Betão, que já foi absolvido em outros processos, inclusive de homicídio.
O pedido de liberdade provisória, com ou sem fiança, foi protocolado pela defesa de Betão no fim do mês passado.
O ex-funcionário público foi preso menos de um mês após ser solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça.
Ele estava detido há 20 meses acusado de participar do assassinato de um empresário e de um geógrafo em São Paulo.
Betão já foi absolvido de dois assassinatos e de um acidente com vítima fatal. Só foi condenado por corrupção passiva três anos, mas teve o direito de recorrer em liberdade.
Desta vez, ele foi autuado pela Polícia Federal por contrabando e comercialização de armas de fogo no apartamento dos pais, que moram no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.
Com ele, foram apreendidos R$ 45 mil em dinheiro nacional e US$ 3 mil (R$ 5,1 mil) em moeda americana, uma pistola 9 mm de uso restrito, um revólver calibre 38, munições de diversos calibres, algemas, spray de gás de pimenta, colete balístico, silenciador, rádio de comunicação e algemas descartáveis.
Se for condenado, Betão poderá ser condenado a pena de 6 a 12 anos de reclusão.