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Cidades

Sem pistas, desaparecimento de filho de Fahd Jamil já dura 20 dias

Aline dos Santos | 24/05/2011 12:55

A Polícia Civil não tem pistas sobre o desaparecimento de Daniel Alvarez Georges, de 44 anos, filho do empresário Fahd Jamil Georges, conhecido como “Rei da Fronteira”.

Ele está desaparecido há 20 dias. Conforme a família, que denunciou o sumiço à polícia no dia 11, ele foi visto pela última vez no dia 3 de maio, no Shopping Campo Grande.

O caso está na Delegacia Especializada de Crimes de Homicídios, responsável por investigar desaparecimentos. Quatro pessoas da família prestaram depoimento, mas não houve avanço.

Neste período, ele também não fez contato com os familiares. A polícia analisou as câmeras de segurança do centro comercial, mas não viu Daniel Georges.

Na fronteira entre Ponta Porã e o Paraguai, a família de Jamil está ligada a denúncias de tráfico e crime financeiro. Daniel estava em liberdade desde 29 de março deste ano, quando teve a prisão relaxada pela justiça paulista por excesso de prazo.

Ele foi preso em agosto do ano passado em São Paulo pela Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos), após combinar encontro no Shopping Iguatemi. No caso de relaxamento da prisão, o réu deve informa a justiça mudança de endereço e pedir autorização para viagens fora do país.

Ligações - Em 2002, Daniel Georges foi preso por tráfico de drogas ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, vindo da Colômbia. Conforme reportagem do site do jornal O Estado de São Paulo, ele detalhou à polícia que a a cocaína vendida pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) vinha de avião até Mato Grosso do Sul. Deixada em pistas de fazendas, a droga era é embarcada em caminhões para São Paulo e depois mandada para o exterior

Os telefonemas gravados pela polícia com autorização da justiça revelavam negócios do traficante com Fernandinho Beira-Mar e ligações com espanhóis, italianos, colombianos e porto-riquenhos moradores em Madri, na Sicília (Itália) e nos Estados Unidos. Na ocasião, Daniel disse aos investigadores que quando há necessidade de discutir pessoalmente os negócios prefere os lugares movimentados.

Pai - Conhecido como o “Padrinho do Paraguai”, Fahd Jamil foi condenado em 2005 a 20 anos de prisão por tráfico de drogas. O empresário nem chegou a ser preso e quatro anos depois foi absolvido pelo TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). Em abril deste ano, o TRF manteve condenação por crime contra o sistema financeiro e determinou pena de 10 anos e seis meses de prisão. Ele é foragido.

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