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Cidades

Quatro já foram ouvidos sobre desaparecimento do filho de Fahd Jamil

Nadyenka Castro | 18/05/2011 15:56

Polícia não revela detalhes

Foto antiga de "Danielito", como é conhecido na fronteira.
Foto antiga de "Danielito", como é conhecido na fronteira.

A Polícia Civil já ouviu quatro pessoas na investigação sobre o desaparecimento de Daniel Alvarez Georges, 42 anos, filho de Fahd Jamil Georges.

A Policia não revela detalhes do teor do depoimento destas testemunhas, que são conhecidos e familiares de Daniel, o qual foi visto pela última vez no Shopping Campo Grande, no último dia 3. Ainda não há pistas do paradeiro dele.

A informação sobre o local em que Daniel foi visto foi repassada à Polícia por um irmão de Daniel. Policiais já teriam analisados imagens de câmeras de segurança do centro comercial, mas não o viram em nenhuma.

Segundo relato do irmão do desaparecido, ele não costuma ficar muito tempo sem entrar em contato com a família. O desaparecimento só chegou ao conhecimento da Polícia dia 11.

Daniel nasceu em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, onde mora o pai dele, também apontado como narcotraficante. Fahd Jamil é tido como o homem mais poderoso do ramo naquele país.

Ele já foi absolvido de várias acusações, mas atualmente está foragido. É apontado como dono de cassinos, de fazendas e também já foi acusado de ser o mandante do assassinato do vice-presidente paraguaio, Luis María Argaña, em março de 1999.

Daniel, que é conhecido como Jamil, saiu em março da cadeia, em São Paulo. Ele havia sido preso em agosto de 2002, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por tráfico de drogas.

Na época, foi divulgado pela Polícia daquele Estado que ele voltava de uma viagem à Colômbia, onde teria feito acordo para mais um carregamento de entorpecente, a mando de Beira-Mar.

Naquele ano, a Polícia de São Paulo declarou que Daniel revelou que a cocaína vendida pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) saia da Colômbia em aviões, era deixada em pistas de fazendas em Mato Grosso do Sul e embarcada em caminhões para São Paulo e depois mandada para o exterior.

Ele informou também que o grupo usa aeroportos de São Paulo para mandar cocaína para as ilhas do Caribe e de lá a droga era levada para os Estados Unidos.

No cofre do quarto que Daniel Georges ocupava em um hotel de São Paulo, onde o andar era só para ele, foram encontrados US$ 500 mil, após ele esquecer o segredo do cofre e chamar um chaveiro.

Após a prisão de Daniel Georges, foi noticiado à época que ele seria ouvido pelos agentes dos setores de combate aos narcóticos dos Estados Unidos devido à ligação com as Farcs.

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