Ambiente úmido e limpo ajuda a evitar alergias respiratórias nos pets
Nem todo espirro de cachorro ou gato é fofinho e assim como os humanos, os pets também precisam de atenção

Nem todo espirro de cachorro ou gato é fofinho. Assim como os humanos, os pets também sofrem com alergias e doenças respiratórias nos períodos mais secos como o outono. Os problemas vão de uma simples irritação nasal até asma ou bronquite. Em enquete do Campo Grande News, 60% dos leitores disseram não tomar nenhum cuidado especial com a saúde respiratória dos pets.
Segundo a médica veterinária Claudia Mendes, especialista em cardiologia e pneumologia, tanto cães quanto gatos podem apresentar alterações respiratórias causadas por alergias, e há raças que já nascem com uma certa predisposição.
“Bulldog, pug, shih-tzu, lhasa apso e até os persas, no caso dos gatos, são mais propensos. Eles têm tendência a ter alergias, geralmente acompanhadas de alergias de pele. Animais também sem raça podem ter. Geralmente, tem fator genético e fator ambiental, como pólen, ácaro, poeira, fumaça, perfume. Tudo isso pode fazer esses animais terem alergias.”
Vírus e bactérias também podem causar alterações nos organismos dos pets e desencadear quadros alérgicos.
“Geralmente o bichinho vai ter alguns sintomas. Espirrar é o primeiro. Pode sair secreção no nariz, ter irritação nos olhos e, em casos mais importantes, tosse e dificuldade até de comer”.
De acordo com ela, manter o ambiente limpo e úmido é uma das recomendações para evitar problemas alérgicos. Isso porque o ar seco pode ressecar as vias respiratórias e dificultar a expulsão dos alérgenos. Umidificadores, panos úmidos e até aquela velha bacia com água nos cantos da casa já ajudam.
Em casos mais graves, o tratamento pode envolver alimentação específica, bombinhas para gatos asmáticos e até inalação. Mas nada disso deve ser feito por conta própria, alerta a veterinária. A inalação, por exemplo, é uma das técnicas que ajudam a desobstruir as vias aéreas, mas precisa de prescrição médica.
“Se uma alergia não for bem tratada, ela evolui para alterações mais importantes, como pneumonia. Tem gatos que têm que fazer bombinha por causa da asma e cães que precisam fazer inalação. Para tratar deles é preciso de todo esse manejo, mas quem faz a orientação é um médico veterinário”.
Outro ponto importante para os pets que possuem alguma alergia é manter a rotina de banhos em dia. Claudia explica que isso ajuda a evitar as crises de pele também. Ela acrescenta que o tempo de inalação vai depender do quanto a alergia está atacada ou se já há infecções.
“Pode ser indicada por uma semana, um mês... depende do quanto o animal está afetado. O importante é entender que cada caso é único e o tratamento também. É contraindicado por conta própria, até porque, se não houver a necessidade, pode prejudicar o sistema respiratório”, diz Claudia.
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