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Meio Ambiente

Alimentar animais selvagens é colocá-los em jaulas invisíveis, alertam entidades

Publicação em redes sociais quer fazer alerta sobre o ato e mostrar que onças não são crueis

Por Lucia Morel | 27/04/2025 16:08
Alimentar animais selvagens é colocá-los em jaulas invisíveis, alertam entidades
Imagem reproduzida nas redes sociais. (Foto: Rogério Cunha de Paula)

Entidades de proteção às onças e animais silvestres elaboraram postagem de carinho, mas também de alerta sobre o ato da ceva, ou seja, oferecer alimentos a animais selvagens. “Uma onça que vive na natureza e é acostumada com “ceva”, na verdade vive em cativeiro, com cercas invisíveis, que a tornam dependente do ser humano, que alteram seu comportamento de caça e que colocam as próprias onças e as pessoas em risco”, sustenta o projeto Onças do Iguaçu.

A publicação foi copiada por outros institutos e especialistas da área, como o Cenap/ICMBio, que é o instituto de pesquisas do Instituto Chico Mendes, que atende a onça capturada na semana passada após atacar a matar o funcionário do pesqueiro Touro Morto, em Aquidauana, Jorge Ávalo.

O caso teve grande repercussão e levantou o temor de ataques contra outros felinos. A publicação é também uma tentativa de sensibilizar sobre isso. “Onde tem onça, tem vida. Tudo o que a onça quer é ser onça: caçar suas presas, ter seus filhotes, viver em paz em seu ambiente. Não são más...não são cruéis. São carnívoros, que caçam para sobreviver.”

O texto continua enfatizando que o ser humano é que erra ao tentar se aproximar ou domesticar o animal, ao oferecer comida, porque isso altera “o equilíbrio da relação entre pessoas e onças”, porque ao se tentar domesticá-las, “nós roubamos dela seu direito mais sagrado: ser ela mesma”, ressalta. Além disso, “somos que criamos o perigo quando nos aproximamos demais.”

“Deixemos as onças serem onças!”, clamam as entidades, alertando que é preciso respeitar a natureza para que “esse olhos dourados sigam brilhando nas matas sem representar riscos para as pessoas”: “deixe a onça traçar seus caminhos na mata, sem cercas invisíveis” e “mantenha distância segura e admire seu esplendor à distância”, orientam.

O texto finaliza pedindo que “nossas atitudes possam refletir nosso respeito, e não nossa ignorância” e que “as onças possam viver em paz em seu ambiente.”

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