Documentários de Cândido Fonseca serão exibidos no MIS nesta sexta
O cineasta está sendo velado no Centro Cultural José Octávio Guizzo e sepultamento está marcado para às 16h

Como homenagem póstuma ao cineasta, teatrólogo, roteirista e jornalista Cândido Alberto da Fonseca, o MIS (Museu da Imagem e do Som) exibirá, nesta sexta-feira (25), dois documentários dirigidos por Cândido: Conceição dos Bugres e Sasha Siemel. A sessão acontecerá das 19h às 21h e mostrará o olhar sensível de Fonseca para os personagens e cenários que moldam a identidade de um povo.
O cineasta está sendo velado no Centro Cultural José Octávio Guizzo. Ele faleceu nesta quarta-feira (23), aos 71 anos. O sepultamento está marcado para às 16h, no Cemitério Santo Antônio.
Com duração aproximada de 30 minutos, Conceição dos Bugres narra a história e o talento da escultora que criava figuras usando facão e machadinha. A produção revela detalhes curiosos, como a inspiração que veio em sonho para o uso da cera de abelha. “O marido trazia mel do mato; ela ferveu a cera e passou nos bugres”, revela um trecho do filme.
Já Sasha Siemel apresenta a vida do lendário caçador letão que enfrentava onças com uma zagaia no coração do Pantanal. O documentário também destaca o lado artístico de Siemel, que foi escritor, fotógrafo e cinegrafista e um verdadeiro cronista do Pantanal.
Para o coordenador do MIS-MS, Marcio Veiga, “Cândido Alberto da Fonseca foi um dos primeiros a enxergar o Mato Grosso do Sul com a sensibilidade de um documentarista”.
“Seus filmes são registros valiosos da nossa cultura e das pessoas que nos representam enquanto povo”, afirma. “Rever essas obras no MIS é também um ato de memória e de resistência cultural”, conclui.
Servidor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Cândido era um dos principais nomes do audiovisual do Estado. Entre suas obras mais conhecidas está o curta-metragem Conceição dos Bugres (1980), considerado um dos registros mais valiosos sobre a artista homônima.
O filme, rodado em 35 mm na casa da escultora em Campo Grande, traz imagens raras da criação dos “bugrinhos” e hoje integra o acervo da Fundação Estadual de Cultura, com processo em curso para ser reconhecido como patrimônio cultural do Estado.
Outro destaque é Silvino Jacques – Itinerário de um Matador, documentário sobre uma figura histórica do início do século XX. A produção enfrentou perdas materiais, como o desaparecimento temporário dos negativos, recuperados apenas com apoio da Cinemateca Brasileira.
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