Quando os roncos soam tão alto como uma ambulância
Alguns roncos alcançam os 80 decibéis, o mesmo volume que uma sirene de ambulância. O amor tem limites, e quando o barulho alto impede o sono, o casal precisa tomar uma decisão. Nas redes sociais, abundam as supostas soluções para os roncos, que vão desde os adesivos nasais, sprays, dispositivos posturais até adesivos para a boca. Algum deles funciona?
A evolução nos marcou para o ronco.
Antes de examinar as possíveis soluções, é fundamental compreender as causas do ronco. Sua origem, está relacionada com a evolução. Ao fazer a transição de macaco a humano, ficamos com um crânio grande, mas com uma face pequena. Isto condicionou que os maxilares fiquem para trás. Todavia, o espaço para a língua se manteve, reduzindo o espaço disponível. Em suma, temos a nossa boca pequena.
Entender as causas do ronco é fundamental.
A essa mudança evolutiva, se soma o fato de que ao dormir, os músculos da garganta se relaxam, estreitando as vias respiratórias. Quando o ar passa pela garganta estreitada, os tecidos vibram e produzem o som do ronco. Se não entendeu, o que importa é saber que o ronco tem múltiplas causas: congestão nasal, obesidade, consumo de álcool, apneia do sono ou uma anatomia desfavorável, como amígdalas grandes. Só há uma maneira de combater eficazmente o ronco: ir ao médico para descobrir a causa de cada pessoa.
Os truques funcionam?
Não existem fórmulas mágicas. Os truques raramente funcionam. Os adesivos nasais só funcionam para aqueles que tem como causa do ronco algumas alterações na morfologia do nariz. Os sprays não são perigosos mas sua efetividade é quase nula. Os dispositivos posturais seguem a mesma linha. Colocar uma bola de tênis presa nas costas é uma modinha pouco adequada, só serve para os casos que dormir de boca para cima favorece o ronco. Mas o mais estranho é adesivar a boca. É o truque que ganhou mais fama nas redes sociais. Não existe eficácia cientifica que comprove essa pratica e em alguns casos pode ser prejudicial. É importante insistir: vá ao médico.
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