Servidor que seria pistoleiro de Beira-Mar vai para PF
Foi transferido nesta manhã para a Polícia Federal em Ponta Porã o homem preso ontem em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, apontado como pistoleiro da quadrilha do traficante Fernandinho Beira-Mar, o funcionário público estadual Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão. Ele foi preso por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) junto com o policial civil Wladermirson Daniel Olmedo e o policial militar Wilson Figueiredo, ambos de Campo Grande, em uma casa onde foi encontrado um arsenal que incluía até mira telescópica e silenciador, além de armas de grosso calibre.
Conforme informações repassadas pela Senad, a PF brasileira considera Betão um dos principais homens de Beira-Mar na fronteira com o Paraguai em relação às execuções que têm ocorrido na região. No Brasil, ele está envolvido em pelo menos dois crimes: o assassinato do policial militar Hudman Ortiz e o baleamento do irmão dele, em 2003, e a morte, em 2004, do empresário Antônio Ribeiro Filho, de 63 anos, no Guarujá (SP), que teve outros policiais do Estado apontados como envolvidos.
A PF foi procurada em Ponta Porã e não deu informações sobre a trasnferência de Betão. Os outros dois presos com ele não foram transferidos, segundo apurou o Campo Grande News. O motivo não foi explicado.
Cargo mantido - Apesar da atividade criminosa da qual é acusado, Betão ainda é funcionário do fisco estadual e, conforme publicação feita no dia 30 de maio, até o dia 29 de abril cumpriu expediente como técnico fazendário.
Nessa data, a Secretaria de Fazenda publicou expediente no Diário Oficial do Estado convocando o servidor para comparecer ao trabalho, sob pena de sofrer processo administrativo por abandono de emprego.