Horário político e seus atores de sempre
TETO E PAREDE DE VIDRO – Enquanto perdurar o espaço gratuito (?) destinado aos partidos políticos o leitor-eleitor-telespectador será obrigado a ver e ouvir promessas vindas do país das maravilhas. Na parte que lhe cabe, o ex-prefeito Nelson Trad – já em plena campanha - desata na TV o que entende ser o mar de lama da atual administração municipal da Capital.
O VENTO LEVOU – Fazendo caras e bocas nas telas de TV Nelsinho deita falação sobre a atual onda de buracos na cidade e outras frustrações da população. Citar a ‘qualidade’ do asfaltamento de ruas e o autor de tais obras, nem pensar. Deixemos o passado no passado.
UM CACO SÓ – O sopro mais forte do vento não respeitou a solidez das paredes de vidro da atual e moderna rodoviária e a casa caiu. No país do esquecimento o principal responsável sedimenta possível volta ao poder. Imagem é tudo; ouvido de eleitor tem seus momentos de latrina.
PARA QUE TE QUERO - “Quem tem televisão, rádio e jornal, está sempre no poder”. Celebre frase de Antonio Carlos Magalhães ilustra o porquê de certas ‘atrações’ de emissoras de rádios e TVs permanecerem tanto tempo no ar. E ratificando eleitos. Qualidade do que é produzido “não vem ao caso”, pensam.
A QUEM INTERESSAR POSSA – Índices de audiência são elevados graças à concorrência. Reportagens do ‘Brasil Urgente’ da Band, aos sábados, têm abrupto corte por parte da TV Guanandi, em Campo Grande. Sem pedir licença é colocado no ar um programa de ‘soluções e milagres médicos’ de interesses comerciais da emissora. Simples assim.
EM REDE – Nas noites de domingos acontece estranha ‘rede’ entre concorrentes de retransmissoras locais, em Campo Grande. No mesmíssimo horário seguidores de Romildo Rosa Soares e/ou Bispo Edir Macedo têm ensinamentos bíblicos e formas de arrecadação dizimista à disposição. Comunicação laica é isso.
RETRAÇÃO DE MERCADO – Vender espaço publicitário continua difícil para emissoras de rádio do Estado. Faixa destinada a aluguel para entidades evangélicas continua em constante crescimento. Congregações inadimplentes são imediatamente substituídas por outras que estão na fila de espera. Faturamento pujante.
DUPLA TRIPLA – O jornalismo da TV Morena aderiu à forma de fechamento do ‘Bom Dia Brasil’. Com a tela dividida em três, repórteres dão seu recado final na edição do dia. Nada a opor; o que é bom deve ser copiado. Criatividade é tema para outras discussões.
INTERIOR - Com posições definidas a favor do eleitorado e ouvinte local, a rádio ‘Canal 100’, de Amambai faz interessante rádio jornalismo. Mais do que repassar informações oficiais aposta fichas na opinião (da emissora) ao que é oferecido à sua audiência. Fonseca Junior à frente dos trabalhos.
PARA QUEM GOSTA – Gibson (José Abreu) é o chefe da facção criminosa da trama ‘A regra do jogo’, pela Globo. Tudo pode mudar pelo fato de a informação ser vazada para setores da imprensa. É o modus operandi do departamento de teledramaturgia da emissora.
