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Finanças & Investimentos

Como usar o dinheiro na terceira idade

Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 27/11/2013 08:08

A última pesquisa feita pela FGV (Fundação Getulio Vargas) apontou queda de 1,07 ponto percentual no IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade). O índice alcançou a marca de 0,19% no período. Uma análise mais ampla aponta alta de 4,96% no índice nos últimos 12 meses. Ou seja, mesmo assim, a inflação para a terceira idade está abaixo dos 6,09% da inflação oficial do país, o IPCA, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por exemplo.

Neste segundo trimestre, a maior influência ficou por conta do grupo alimentação, especialmente em relação aos preços de hortaliças e legumes, que vêm sofrendo queda substancial e que passaram de -4,04% para -33,25% de abril a junho. Os bons ventos já podem permitir ao consumidor da terceira idade pensar em investir o dinheiro que sobra. Apesar de a caderneta de poupança ser de longe o caminho mais familiar e convencional para este público, a dica é evitá-la, já que a rentabilidade não tem ultrapassado os 6,17% ao ano. Uma possibilidade para estes casos é o investimento no Tesouro Direto, que proporcionará um aluguel mensalmente ao investidor com valor em torno de 0,7% líquido.

Para quem conseguiu um bom "pé de meia", uma opção que tem se mostrado muito interessante são os fundos multimercados com o capital protegido. Neste caso, é preciso ter pelo menos R$ 100 mil para o investimento inicial.

Quem pensa em começar agora a fazer investimentos na bolsa de valores precisa ter em mente que jamais deverá colocar parte substancial do seu patrimônio em ações. O ideal é que elas representem, no máximo, 10% do capital do investidor com mais de 65 anos. Isso por uma questão de segurança. Outra dica é optar por ações de setores mais conservadores, os chamados geradores de caixa, como o setor bancário e o elétrico, por exemplo. O fato é que todo e qualquer dinheiro que sobra pode e deve ser bem aproveitado com investimentos bem pensados e planejados que possam trazer uma renda extra ao aposentado.

Por fim, para aqueles que não conseguem fazer o dinheiro sobrar ainda, vale a pena insistir nas negociações quando houver aumento no plano de saúde, e sempre procurar a ajuda do Procon, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e de outros órgãos de defesa do consumidor para se manter informado sobre antigas e novas regras para os contratos.

Também é possível obter descontos de peso nos medicamentos, se cadastrando em programas dos laboratórios como o da Bayer, Aché e Boehringer, além de utilizar o Programa Farmácia Popular, que tem unidades próprias e mantém convênio com farmácias particulares.
Nos casos em que não só não sobra como falta e o consumidor acaba apelando para o empréstimo, o mais indicado é aproveitar os descontos na folha de pagamento, com juros mais baixos. Porém, as parcelas não devem ultrapassar 30% dos rendimentos.

(*)Autoria de Folha de SP. - Caro Dinheiro por Samy Dana

Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas conseqüências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen – Criador do portal www.manualinvest.com

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