Seis dicas para identificar uma pirâmide financeira
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Secretaria Nacional do Consumidor divulgaram recentemente um boletim sobre como distinguir uma pirâmide financeira de um sistema de vendas multinível (MMN). Nos últimos meses, cresceu a discussão em torno de empresas que oferecem ganhos em sistemas que preveem a montagem de redes de revendedores de produtos ou serviços, e que foram acusadas de serem apenas pirâmides financeiras.
Nas pirâmides financeiras, os investidores que entram pagam os resgates dos antigos, até o momento em que o processo de autoalimentação para de funcionar e a maioria fica no prejuízo. O grande atrativo é a promessa de enriquecimento rápido e rentabilidades fora da realidade do mercado. Segundo o Ministério Público Federal, há 80 denúncias de pirâmides em investigação. O ministério fez uma proposta de mudar a lei para aumentar a pena dos envolvidos, de seis meses a dois anos para oito anos de prisão.
Para esclarecer a diferença entre pirâmides e marketing multinível foi criada esta cartilha que traz dicas sobre como identificar o que é legal e o que não é. O objetivo, segundo a CVM, é orientar o cidadão acerca dos cuidados necessários ao receber propostas de “investimento” ou de participação em vendas diretas, alertando para os riscos envolvidos quando se tratar de esquema irregular de captação de recursos da população.
O artigo explica como funciona o marketing multinível, no qual as pessoas vendem produtos e montam redes de representantes para ganhar mais. Ao mesmo tempo, dá dicas para quem não quer ser enganado com sistemas que imitam o marketing multinível, mas são na verdade, golpes financeiros. São seis as principais dicas mencionadas no estudo:
1 - Exigência de pagamento inicial de valores expressivos para a adesão, especialmente se comparado com o custo do produto e muitas vezes sem uma contrapartida real (por exemplo, kit de produtos para revenda, cursos ou vídeos de treinamento pagos, taxas de inscrição)
2 - O trabalho do “revendedor” não está claramente vinculado a um esforço real de vendas efetivas do produto. Pode até haver alguma atividade envolvida, mas ela faz pouco sentido para a venda, não tem um valor econômico ou poderia ser realizada de forma automática por programas de computador; é o caso de sites que prometem dinheiro a quem dá cliques no portal da empresa ou simplesmente compartilha mensagens.
3- Há promessa de altos ganhos, normalmente em pouco tempo, mas sem que haja clareza quanto a um real esforço do participante com a venda de produtos
4- Não há menção a eventuais riscos de perdas envolvidos na operação.
5- O ganho vem mais da indicação de novos participantes do que da venda do produto em si.
6- Esquemas piramidais normalmente escolhem produtos cuja produção é barata (podem ser apenas virtuais) e não possuem um valor relevante de mercado. Ou seja, é importante que os produtos vendidos sejam realmente demandados pelo mercado.
Para saber mais sobre as características de uma pirâmide financeira e as atuais denúncias que eclodiram no país, acesse o link. Até a próxima.
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen – Criador do portal www.manualinvest.com