Castração de gatos de presidiários é interrompida após 3 meses
Em julho o procedimento atendeu a 20 felinos, mas nos meses seguintes não houve novas ações
Três meses após início das castrações de gatos que pertencem a detentos do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, apenas 20 gatos passaram pelo procedimento. Segundo um dos idealizadores do projeto, a interrupção foi dada pela falta de anestesia no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).
Rodrigo Gonçalves Silva, de 42 anos, conta que desde o início, o projeto “Preso Guardião” foi projetado para levar a castração a outras instituições penais, além do presídio da Máxima. A primeira ação conjunta entre policiais penais e o CCZ foi realizada no final do mês de julho, quando, no total, foram castrados 20 gatos.
Pouco tempo após a primeira ação, o policial penal levou outro animal para realizar o tratamento, mas logo foi intimado a buscá-lo. “Eu levei até eles, ele foi examinado, mas pouco depois pediram para que eu o levasse para uma clínica particular por não terem como mantê-lo internado”, explica.
Ao contatar novamente a equipe, Rodrigo foi informado que as castrações seriam interrompidas por estar em falta anestesias necessárias para a realização das cirurgias. “Depois que eles tiraram as fotos e fizeram o marketing que queriam fazer, eles viraram as costas”.
Sensibilizado pela causa animal, o policial penal ainda compartilha o desejo de garantir que a tutela desses animais passe a ser oficialmente de responsabilidade do Estado. “Os gatos habitam órgãos públicos então seria muito interessante porque o Estado poderia prover esses cuidados”.
Procurada pelo Campo Grande News, a Sesau (Secretária Municipal de Saúde) informou que pode ser que tenha havido um contingenciamento, mas os procedimentos continuam sendo realizados no órgão normalmente, chegando a 600 castrações em média por mês. Sobre a ação no presídio, a assessoria de imprensa informou que seria apuraria com a coordenação do CCZ.
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