Família pede ajuda para frentista internado em UPA com suspeita de H1N1
Paciente diagnosticado com a doença aguarda transferência para UTI desde sexta (17) e tem suspeita de tuberculose, diz família
A família de Gilberto de Souza, 38, pede ajuda para o frentista, internado desde sexta-feira (17) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Moreninha III. Ele teria sido diagnosticado com H1N1 e enfrenta suspeita de tuberculose, conforme relato de sobrinhos. Eles reclamam que o tio está entubado e em estado grave, sem condições de suporte, e precisa de vaga em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas não haveria expectativa de transferência para um hospital.
“Como ele está com H1N1, ele tinha de estar em isolamento. Mas ele está com três ou quatro paciente na área vermelha da UPA. É um risco para ele e para outros pacientes porque a tuberculose pode ser transmitida e como a imunidade dele está baixa ele também corre o risco de pegar mais alguma coisa”, contou o sobrinho Rafael da Silva Paulino.
A técnica de enfermagem Erica da Silva, 38, que veio de Chapadão do Sul com a mãe para acompanhar a situação do tio, diz que ele está sedado e com febre de 38°C desde a madrugada. “Ele chegou aqui na UPA com tosse, fraqueza, falta de ar e pálido. Ele não andava muito. Daí ele ficou inconsciente, piorou o quadro ontem e resolveram entubar ele depois de confirmar o H1N1”.
Ainda segundo a técnica de enfermagem, não foi possível fazer o exame para verificar a possibilidade de tuberculose porque as condições do tio não são favoráveis. Além disso, Gilberto já havia iniciado no começo do mês um tratamento contra pneumonia após ser diagnosticado com a doença na UPA do bairro Nova Bahia, mas novos sintomas apareceram.
“Ele precisa de uma UTI [Unidade de Terapia Intensiva) porque ele está com insuficiência respiratória e não está tomando antibiótico. Está base de soro e dipirona. Os medicos falam que tem que aguardar vaga, que nao depende deles e que tem que esperar”, disse Érica.
Diante do quadro clínico do paciente, cresce a preocupação entre os familiares de Gilberto que desejam conseguir um leito de UTI para o paciente. “A UPA é de Pronto Atendimento, ou seja, é só pra dar os primeiros atendimentos. Ela não tem suporte pra manter um paciente entubado. Pelo meu conhecimento de hospital a situação dele é grave. O organismo dele não suporta senão daqui a pouco ele entra em falência”, afirmou a técnica de enfermagem.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a assessoria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) no intuito de obter um posicionamento do município para o caso em questão, mas não obteve retorono até a públicação desta reportagem.
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