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Economia

“Comidas de Natal” chegam às lojas e ativam expectativa de vendas

Procon deve divulgar variação de produtos da Capital e do Estado na primeira semana de dezembro

Guilherme Henri | 07/11/2018 07:18
Tipos de panetones e chocotones em prateleira de supermercado da Capital (Foto: Kísie Ainoã)
Tipos de panetones e chocotones em prateleira de supermercado da Capital (Foto: Kísie Ainoã)

Os panetones, a amada ou odiada uva passada, as castanhas e aquela tradicional uva para a simpatia de fim de ano já ganharam as gôndolas dos supermercados de Campo Grande. A variação de preços ainda nem foi medida pelos órgãos responsáveis, porém o movimento nos supermercados há um mês da época festiva deixa otimista quem está à frente dos negócios.

“Esperamos um movimento muito maior este ano. Pelo menos os primeiros produtos que já estão disponíveis como os panetones, algumas frutas secas e em calda estão com boa saída”, diz o gerente de um supermercado da rede Pires, Edmilson Roda dos Santos.

Porém, embora com as vendas já aquecidas, o administrador do estabelecimento acredita que o consumidor de agora ainda não está estocando produtos para a ceia. “Geralmente as compras começam em dezembro. Até porque muita coisa entra em promoção dependendo da saída”, diz o gerente.

Sabrina Moreira Santos, 34 anos (Foto: Kísie Ainoã)
Sabrina Moreira Santos, 34 anos (Foto: Kísie Ainoã)

Quem estava por ali garantindo um panetone para o lanche da tarde era Sabrina Moreira Santos, 34 anos. Ela não resistiu o valor atrativo de R$ 7,90 e resolveu comprar o doce. “Achei bem barato o panetone. Fiquei até esperança de encontrar produtos mais baratos como este para esse ano”, diz a consumidora sem esconder o riso.

Pesquisa – Ao Campo Grande News, o diretor-presidente do Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) Marcelo Salomão adiantou que a pesquisa sobre variação dos preços nos produtos de fim de ano deve ser divulgada no início de dezembro.

“Geralmente os preços mudam muito perto das datas festivas de dezembro. A variação mais brusca, inclusive, é a do hortifrúti que depende do clima da época”, explica Marcelo.

Delícias e preços – A reportagem visitou duas grandes redes de supermercados que atendem tanto da parte alta quanto as regiões mais periféricas da Capital.

Panetones produzido em supermercado (Foto: Kísie Ainoã)
Panetones produzido em supermercado (Foto: Kísie Ainoã)

Entre os produtos mais populares para as festas de fim de ano já estão nas gondolas: panetones e chocotones, uva passa, castanhas em geral, damasco, frutas em calda, diferentes tipos de uva e outras frutas como abacaxi, melão, ameixa e pêssego – que compõe a fruteira na ceia.

A informação nas duas redes é que o famoso peru de Natal e outros cortes de frango mais famosos da época devem chegar ao supermercado já na segunda quinzena deste mês.

Os panetones tem variação de R$ 7,90 a R$ 37,50 dependendo da marca e peso. Marcas mais famosas como a Bauduco chegam a custar, por exemplo, 21,30 o tradicional tipo com frutinhas. O mesmo valor vale para a forma com chocolate. Para quem quer economizar, a produção própria dos supermercados ainda é a opção mais em conta. O doce feito pelo próprio estabelecimento chega a custar R$ 6,99.

Entre as frutas, a uva passa chega varias de R$ 6,99 a 7,99 cerca de 250 gramas. O damasco, muito usado no queridinho arroz de festa, pesa um pouco mais no bolso do consumidor: 220 gramas sai por R$ 9,98.

Uva passa preta em pacote (Foto: Kísie Ainoã)
Uva passa preta em pacote (Foto: Kísie Ainoã)

A lata do pêssego em calda foi encontrada por R$ 7,69. Já a ameixa R$ 6,49. Entre as castanhas, cerca de 150 gramas de nozes foi encontrada por até R$ 11,95 e o quilo da queridinha castanha do Pará por 19,98 ainda com casca. Já o pacotinho da aquela tradicional uva para a simpatia foi encontrada por R$ 5,49.

Expectativa nacional - Os empresários do setor supermercadista projetam crescimento nominal de 10,27% nas vendas de final de ano, de acordo com a Pesquisa Natal 2018, da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), realizada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade.

Mesmo com perspectivas positivas, a maioria dos empresários mantém cautela em relação às suas encomendas. Em 2018, 66% dos supermercadistas entrevistados na pesquisa projetam compras no mesmo patamar junto às indústrias/fornecedores, e apenas 18% estão mais otimistas, e acreditam em vendas superiores em relação a 2017.

Torre de tipos de chocotone em mercado (Foto: Kísie Ainoã)
Torre de tipos de chocotone em mercado (Foto: Kísie Ainoã)
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