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Economia

“Comilança” de festa junina fica até 28% mais cara em Campo Grande

Bruno Chaves | 06/06/2014 08:51
Tradicionalmente utilizada em bolos de milho, a farinha amarela ficou 15,53% mais cara de um ano para outro (Foto: Paula Maciulevicius)
Tradicionalmente utilizada em bolos de milho, a farinha amarela ficou 15,53% mais cara de um ano para outro (Foto: Paula Maciulevicius)
Preço dos milhos de pipoca e de canjica tiveram altas de até 28,51% e 19,49%, respectivamente, de 2013 para 2014 (Foto: Paula Maciulevicius)
Preço dos milhos de pipoca e de canjica tiveram altas de até 28,51% e 19,49%, respectivamente, de 2013 para 2014 (Foto: Paula Maciulevicius)

Os ingredientes que compõem os pratos típicos das festas juninas Brasil afora, como bolo, curau, quentão, cachorro-quente e outros ficaram mais caros em Campo Grande em 2014. As altas, que chegam a quase 30%, de acordo com levantamento do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Anhanguera-Uniderp, devem “salgar” as comilanças dos festejos do meio do ano.

Na comparação dos meses de maio dos anos de 2013 e 2014, a maior alta registrada foi de 28,51% no preço do pacote de 500 gramas do milho de pipoca, que saltou de R$ 2,49 para R$ 3,20 de um ano para o outro. Em segundo lugar aparece a garrafa de 750 ml do vinho tinto, que teve variação de 21,17%, subindo de R$ 7,01 para R$ 8,49.

No ranking dos produtos que tiveram aumento ainda aparecem o pacote de um quilo de carne seca, utilizado no arroz carreteiro. O preço saltou de R$ 19,90, em maio de 2013, para R$ 24,09, no mesmo período deste ano, o que representa alta de 21,06%.

O pacote de 500 gramas de canjica (19,49%), o saco de 500 gramas de farinha de milho amarela (15,53%), a bandeja de 500 gramas de salsicha (15,11%) e o quilo da maça (13,39%), usada como “maça do amor”, também figuram na lista de produtos que tiveram aumento.

Para o coordenador do Nepes, professor Celso Corrêa de Souza, dois fatores influenciaram no aumento dos pratos típicos de festa junina: inflação do grupo alimentos e especulação de período.

“O grupo alimentação foi o que mais inflacionou os preços na Capital nos último ano: foram 10%. Também tem a questão da especulação. Por causa do aumento do consumo desses produtos nessa época do ano, os preços são elevados”, disse.

Na contramão, os produtos que registraram queda nos preços e podem amenizar o valor finais das comidas de festa junina foram: a lata de 340 gramas de molho de tomate refogado (-26,42%); o saco de 500 gramas de fubá (-24,89%); a garrafa de 960 ml de aguardente (-20,25%); a lata de 200 gramas de milho verde (-12,62); a caixa com cinco unidades de milho verde (-6,90); e o pacote de cinco quilos de arroz (-3,66%).

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