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Economia

Bancários da Capital e interior aprovam greve e bancos podem fechar 3ª

Caroline Maldonado | 26/09/2014 11:44
Última greve durou 23 dias (Foto: Marcos Ermínio)
Última greve durou 23 dias (Foto: Marcos Ermínio)

Sindicatos dos empregados em agências bancárias de Dourados, Três Lagoas, Campo Grande e outros 27 municípios das regiões leste e oeste de Mato Grosso do Sul ameaçam fazer greve a partir da próxima terça-feira (30). Após a decisão na noite nesta quinta-feira (25), a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) solicitou reunião com o Comando Nacional Dos Bancários.

Os sindicalistas confirmam o encontro, mas não descartam a greve caso os bancos neguem reajuste de 12,5% nos salários, piso salarial de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá; que estão entre os 20 itens da reivindicação.

O Sindicário (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região) não confirma o fechamento de todos os bancos, pois a decisão é dos funcionários, mas faz um alerta a população para que procure fazer transações antes da terça-feira ou em casas lotéricas.

“A categoria decreta a greve e como é um exercício livre de direito todos os bancários estão amparados na lei de greve e tem direito de exercer, mas não tem definido quem vai ou não entrar em greve. Geralmente no primeiro dia de paralisação o movimento começa menor, depois vão fechando mais agências, mais trabalhadores vão parando”, explica o diretor de relações sindicais do Sindicário, Benício Pererira Faustino.

Segundo Benício, há mais de 100 agências em Campo Grande e é possível que muitas fechem totalmente, disponibilizando apenas os serviços de caixa eletrônico. O sindicalista admite que a greve deve prejudicar os bancos e a população e explica que isso é necessário para chamar atenção das instituições bancárias. “Eu costumo dizer que a greve é prejuízo tanto para trabalhadores, quanto clientes, ainda mais começo de mês que tem pagamento de aposentadoria e programas sociais. Mas, infelizmente, o objetivo é justamente impor prejuízo, porque não havendo essa pressão a empresa não tem interesse em acatar as reivindicações”, argumenta.

A última greve, que abrangeu as agências do Estado, começou no dia 23 setembro e durou 23 dias. Benício lembra que o acordo coletivo venceu em 31 de agosto e a pauta com as reivindicações foi entregue pelos sindicatos da categoria no dia 11 de agosto. “ De lá para cá, já houve varias rodadas de negociação, mas não teve acordo ainda”, conta o sindicalista.

De acordo com Benício, a decisão de greve do sindicato vale para municípios do norte e leste do Estado, tais como Ribas do Rio Pardo, Camapuã, Costa Rica e Pedro Gomes; além de Sidrolândia, Nioaque, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Bonito, Bodoquena, Miranda, Anastácio, entre outros.

Em Três Lagoas, a previsão é que as 9 agências fechem, segundo o Seebetl (Sindicato dos Empregados em Estabelecimento Bancários em Três Lagoas e Região). “Normalmente, quando tem greve fecham todos os bancos. Compromete o serviço à população, não tem como. O que a gente orienta é tentar antecipar”, afirma a presidente da entidade Thelma Regina Gomes Rocha Canisso, ao lembrar que a negociação está aberta e é possível que não haja greve se os bancos fizerem propostas razoáveis.

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