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Economia

Brasileiros sacaram R$ 241 milhões em valores esquecidos em dezembro

São recursos que empresas e pessoas físicas deixaram em contas correntes ou poupanças

Por Wellton Máximo, da Agência Brasil | 12/02/2025 06:38
Brasileiros sacaram R$ 241 milhões em valores esquecidos em dezembro
Estatísticas sobre resgate dos valores foi realizada com dois meses de defasagem (Foto/Arquivo)

Os brasileiros sacaram R$ 241 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro em dezembro, segundo informações do Banco Central. Embora o dinheiro do Sistema de Valores a Receber (SVR) tenha sido transferido ao Tesouro Nacional em outubro, os saques podem ocorrer por meio de ações judiciais, até que o Tesouro publique um edital com as novas regras para a retirada.

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Os brasileiros sacaram R$ 241 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro em dezembro, segundo o Banco Central. O Sistema de Valores a Receber (SVR) foi criado para facilitar o acesso a valores "perdidos" em instituições financeiras. Até dezembro, R$ 9,047 bilhões ainda não foram resgatados. O SVR devolveu R$ 9,175 bilhões de um total de R$ 18,222 bilhões disponíveis. As estatísticas são divulgadas com dois meses de defasagem. Se não forem requeridos em 25 anos, os valores serão incorporados ao patrimônio da União. O SVR foi reaberto em março de 2023, após ficar fora do ar por quase um ano.

O Sistema de Valores a Receber foi criado pelo Banco Central para facilitar o acesso de cidadãos e empresas a valores que estão "perdidos" ou "esquecidos" em diversas instituições financeiras. Esses valores podem vir de diferentes fontes, como: Contas corrente ou poupança encerradas que ainda possuem saldo disponível.

Em relação ao estoque de valores esquecidos, até o fim de dezembro, os brasileiros não tinham sacado R$ 9,047 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro. O SVR devolveu R$ 9,175 bilhões, de um total de R$ 18,222 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras. Os dados foram divulgados ontem (11).

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem, com a atualização de novas fontes de valores esquecidos no sistema financeiro. Caso os recursos não sejam requeridos nos próximos 25 anos, os valores a receber serão incorporados definitivamente ao patrimônio da União.

Apesar da transferência ao Tesouro, as estatísticas continuarão a ser atualizadas, com a inclusão de dados que estavam defasados. Os dados de janeiro, terceiro mês após o repasse do dinheiro ao Tesouro, só serão apresentados no início de março.

Em relação ao número de beneficiários, até o fim de dezembro, 27.843.566 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ultrapassar os 27 milhões, isso representa apenas 36,26% do total de 76.796.085 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que retiraram valores até o fim de dezembro, 25.625.539 são pessoas físicas e 2.218.027, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 45.040.100 são pessoas físicas e 3.912.419, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 65,26% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 23,38% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,64% dos clientes. Só 1,72% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Os saques foram interrompidos após a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro Nacional.

O repasse ao Tesouro ocorreu para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. Os cerca de R$ 9 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício, mas a decisão caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará uma ação que questiona a constitucionalidade da devolução ao Tesouro.

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