ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUARTA  25    CAMPO GRANDE 25º

Economia

Comprar os produtos e preparar a típica ceia de Natal está 18% mais caro

Priscilla Peres | 16/12/2015 11:29
Supermercados já se preparam para receber clientes deste fim de ano. (Foto: Caroline Maldonado)
Supermercados já se preparam para receber clientes deste fim de ano. (Foto: Caroline Maldonado)

Falta uma semana para o Natal e as famílias começam os preparativos para a tradicional ceia. Nesta época do ano as idas aos supermercados são mais frequentes e a conta sempre mais alta, porém em ano de economia nos gastos pesquisa da Uniderp revela que a ceia natalina está 18,16% mais cara.

A pesquisa feita pelo Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) mostra que enquanto em 2014 o preço da ceia ficou 10,58% mais cara em relação a 2013, neste ano o valor subiu mais que a inflação dos últimos 12 meses, que é de 10,96%. Na prática, isso significa que o consumidor vai sentir ainda mais no bolso o peso das compras.

Entre os itens que compõem a pesquisa, como frutas, peru, bacalhau, panetone e carnes, todos ficaram mais caros, porém a as tradicionais aves tiveram aumento de assustadores 38,97%. Nessa categoria entra o Chester Perdigão (61,54%), Peru Perdigão (15,55%), Peru Sadia (16,80%) e frango resfriado (61,98%).

“Percebemos que tudo está muito mais caro em relação ao ano passado e a maioria dos produtos com reajustes muito acima da inflação, o que assusta ainda mais o consumidor. Entre as influências para esse aumento estão a alta do dólar, uma vez que os produtos mais tradicionais sofreram impacto da variação cambial, o clima adverso, que tem prejudicado a produção de produtos hortifrutícolas e o aumento nas exportações de carnes”, esclarece coordenador do Nepes e pesquisador da Uniderp, Celso Correia.

Tradicional nesta época, panetones estão quase 20% mais caros. (Foto: Caroline Maldonado)
Tradicional nesta época, panetones estão quase 20% mais caros. (Foto: Caroline Maldonado)

Também preferidos entre os consumidores, os principais cortes de carne vermelha tiveram aumento de 19,96%, entre eles o quilo do contra-filé subiu 36,31% e a picanha 19,59%. Para o professor Celso Correia, a valorização da carne bovina também está atrelada à baixa oferta de boi gordo para o abate e a entrada de boi de confinamento que, historicamente, tem preço mais alto que o de engorda a pasto.

Típico de fim de ano, o panetone está 19,83% mais caro, coisa que certamente a população já reparou nos supermercados. Os frios e laticínios tiveram reajuste de 11,53%, com destaque para o presunto Seara que está 19,66% mais caro e o queijo minas 10,68%.

As frutas geralmente bastante consumidas nesta época subiram 14,55%, isso devido principalmente ao excesso de chuva e as instabilidades climáticas. Neste grupo, a cebola teve aumento de 83,04%, a odiada ou amada uva passa de 42,72%, a batata de 43,01% e a melancia de 25%. Mas também tem produtos que tiveram redução no preço, como a ameixa (-6,55%), a alface crespa (-21,22%) e a uva (-13,10%).

A sugestão para economizar na ceia, sem onerar o orçamento, é pesquisar. “Os reajustes variam conforme a marca e local de compra. Com a proximidade do Natal os supermercados realizam promoções para liquidar os produtos empacados, é sempre bom ficar de olho”, finaliza Celso Correia.

Nos siga no Google Notícias