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Economia

Copa fez bares e restaurantes darem "up" no faturamento no pós-pandemia

Segundo comerciantes, estabelecimentos chegaram a atingir lotação máxima nos dias de disputas

Karine Alencar | 18/12/2022 07:37
Torcedores durante os jogos do Brasil contra Camarões no bar Mecearia, em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainõa)
Torcedores durante os jogos do Brasil contra Camarões no bar Mecearia, em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainõa)

Os dias de jogos da Copa do Mundo foram intensos para os brasileiros. Enquanto alguns decidiram acompanhar as partidas de casa com a família, outros uniram as energias para vibrar nos bares de Campo Grande. Segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o Mundial fez os estabelecimentos lucrarem 20% a mais.

Os dados foram confirmados pelo presidente da associação em Mato Grosso do Sul, Juliano Wertheimer. Segundo ele, não foram só os jogos do Brasil que ajudaram a aquecer o mercado. "No geral, a Copa do Mundo tem sido boa para o setor de bares e restaurantes. Mesmo com a eliminação do Brasil, bares e restaurantes seguem com a movimentação positiva e com indicações de que o faturamento deve ficar em torno de 20% acima da média dos meses de dezembro", avaliou.

Segundo ele, o percentual favorável tem ajudado o setor se recuperar dos danos ocasionados pela pandemia, período em que precisou fechar as portas para conter os avanços da covid-19.

Nicolas Greg, gerente do Garden 67, conta que ficou surpreso com a movimentação. "Vendemos de 30% a 50% a mais nos dias de jogos. Sentimos uma diferença muito grande", comentou. Para atrair a clientela, a organização do bar apostou em decoração com tecidos verde e amarelo, fitas e um telão para reproduzir a disputa.

O aumento foi tanto, que o bar chegou a atingir a lotação máxima da casa. "Geralmente, recebemos 200 pessoas aqui e chegamos a alocar o limite permitido que é de pouco mais de 350. A gente também bateu o recorde de vendas em petiscos, saíram 130 no almoço", detalha.

Para receber a torcida, a administração até chegou a preparar um estoque de cerveja, mas ao passo que vendia, precisou comprar de dois a três paletes de heineken, o que equivale a 270 fardos, 7 mil long necks.

Nicolas Greg, gerente do bar Garden 67 em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)
Nicolas Greg, gerente do bar Garden 67 em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)

Com camisetas de futebol no teto, quadros, clima de anos 40 e tradição de ser um bar que sempre reproduz jogos na região central de Campo Grande, o bar Mercearia também teve expectativas superadas. Segundo o gerente Jorge Vieira Leite, de 49 anos, de 200 pessoas, o local passou a receber 400 nos dias de partida.

"Foi um dos jogos mais movimentados dos últimos 13 anos que estou aqui", comentou ele, ao dizer que ainda espera um movimento significativo na final. "O que a gente queria mesmo era o Hexa, mas se fosse para o Brasil perder, a gente queria que fosse mais para frente, para continuar a aquecer as vendas", completou.

Final da Copa - A Seleção Brasileira foi desclassificada da Copa do Mundo nas quartas de final, que aconteceu no dia 9 de dezembro, contra a Croácia. A final do Mundial, entre a Argentina e a França, está marcada para logo mais, às 11h.

Gerente do Mercearia em Campo Grande, Jorge Vieira Leite. (Foto: Kísie Ainoã)
Gerente do Mercearia em Campo Grande, Jorge Vieira Leite. (Foto: Kísie Ainoã)


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