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Economia

Diretor da Itaipu deve vir a Mato Grosso do Sul para discutir parcerias

Representante brasileiro da 3ª maior hidrelétrica do mundo solicitou reunião com o governador Eduardo Riedel

Guilherme Correia | 31/05/2023 10:25
Diretor da Itaipu, Enio Verri (à esq.), durante encontro com o deputado Vander Loubet (à dir.). (Foto: Divulgação)
Diretor da Itaipu, Enio Verri (à esq.), durante encontro com o deputado Vander Loubet (à dir.). (Foto: Divulgação)

O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, em Brasília (DF), pediu ao deputado federal Vander Loubet (PT) marque um encontro com governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), e o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.

“Tanto a Itaipu tem interesses no Mato Grosso do Sul quanto o Mato Grosso do Sul tem interesses na Itaipu, por isso, a ideia do Enio é sentar para discutir esses interesses e projetos em favor do desenvolvimento do Estado e do País”, declarou Loubet, em publicação nas redes sociais.

Conforme divulgado pelo petista, está previsto na próxima terça-feira (6) encontro na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para discutir a parceria entre a empresa e os municípios sul-mato-grossenses.

O economista paranaense Enio Verri foi nomeado como diretor-geral brasileiro de Itaipu, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira de Oliveira.

Escolhido para o cargo em março, Verri afirmou em entrevista ao site Valor Econômico que tem como um dos desafios de sua gestão dar peso estratégico à superintendência de responsabilidade social de Itaipu.

Estão previstos programas de desenvolvimento local em municípios lindeiros do Paraná e do Mato Grosso do Sul com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e também um convênio com o Ministério dos Povos Indígenas, que deve ser assinado em junho, com iniciativas de educação e assistência à produção agrícola dos indígenas da região.

Estruturas da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional. (Foto: Divulgação)
Estruturas da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional. (Foto: Divulgação)

A Itaipu Binacional é a terceira maior usina hidrelétrica do mundo e funciona em cooperação entre Brasil e Paraguai. A usina possui 20 unidades geradoras e, em dias de chuvas em níveis normais, a produção pode chegar a 100 bilhões de quilowatts por hora.

A empresa utiliza o potencial do Rio Paraná, no trecho em que o rio passa pelo estado do Paraná, e foi inaugurada em novembro de 1982. A produção só teve início, no entanto, dois anos depois.

Segundo informações da própria Itaipu, 8,6% da energia consumida no Brasil e 86,3% da energia consumida pelo Paraguai são fornecidas pela Itaipu.

A energia produzida em Itaipu é entregue às subestações de Foz do Iguaçu e à subestação Margem Direita. O processo de transmissão de energia que ocorre a partir da entrega realizada pela Itaipu não é de responsabilidade da hidrelétrica, e sim das seguintes empresas: Furnas Centrais Elétricas (no Brasil) e a “Administración Nacional de Electricidad”, a Ande (no Paraguai).

A hidrelétrica é líder mundial em produção de energia limpa e renovável, tendo produzido mais de 2,9 milhões de GWh desde o início de sua operação. Em termos de capacidade instalada, a maior do mundo é a usina de Três Gargantas, na China, com 22,4 mil MW, contra 14 mil MW.

A usina chinesa estabeleceu o recorde mundial em termos de produção anual de energia em 2020, com 111,8 mil GWh gerados. A melhor produção de Itaipu, de 103,1 mil GWh, foi atingida em 2016. A usina de Baihetan, também na China, é a segunda maior em termos de capacidade instalada, com 16 mil MW. Itaipu, com 14 mil MW, ocupa a terceira posição.

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