Em MS, vale-refeição dura apenas 10 dias, aponta estudo
Estado está abaixo da média nacional em 2024; preço para comer fora de casa aumentou 59% em um ano
Em Mato Grosso do Sul, se alimentar tem sido tarefa difícil mesmo para aqueles que vivem com benefício do vale-alimentação ou vale-refeição. Se por um lado o valor ajuda a ‘segurar a barra’, por outro, o alívio não dura 15 dias, uma vez que, segundo a última pesquisa da empresa Pluxee - que atua no setor - o montante é suficiente apenas para 10.
O levantamento aponta que no País, a durabilidade dos populares ‘VRs’, entre janeiro e julho deste ano, foi de 11 dias. Em 2019, antes da pandemia de covid-19, o benefício durava, em média, 18 dias. Ou seja, parte considerável do salário do trabalhador é destinado para complementar a refeição.
Conforme outra pesquisa feita pela Ticket, - empresa do setor de benefícios - o valor ideal que os trabalhadores deveriam receber para se alimentarem é de R$748,48 em 2024. O montante acompanha os índices de inflação sobre os alimentos. O estudo mostra, ainda, que houve aumento de 59% quando comparado ao valor da refeição na capital sul-mato-grossense entre os anos de 2024 e 2023.
A ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador), aponta que o valor da refeição em Campo Grande vem subindo ao longo dos anos, assim como o preço dos alimentos. O que não acompanha essa subida é a quantia do benefício alimentício.
Em 2020, comer fora de casa custava R$ 34,84 ao trabalhador, dois anos depois, em 2022, o valor subiu para R$39,22, aumento de 12%. No ano seguinte, houve queda de 15%, quando a alimentação diária passou de R$39,22 para R$33,33.
Atualmente comer fora de casa custa, em média, R$53,32. O valor é maior que o encontrado em outras capitais como, Cuiabá, R$46,40, Belo Horizonte R$37,63 e Goiânia, R$37,18, por exemplo. Não há informações sobre os anos de 2020 e 2021 devido à pandemia.
Sobre o perfil dos trabalhadores formais no Brasil, 90% recebem algum benefício, sendo 56% vale-alimentação, 43% vale-refeição e 50% vale-transporte.
Panorama Brasil - À revista Veja, o diretor comercial da Pluxee, Guilherme Carl, destacou as estratégias adotadas pelos trabalhadores para esticar o valor do vale-refeição.
“As opções mais populares são os bufês com preço fixo, escolhidos por 33% dos entrevistados, onde é possível comer à vontade com previsibilidade no custo, e os restaurantes por quilo, também com 33% das preferências, para personalizar uma refeição, ajustar a quantidade e escolher opções que agradem ao paladar, tudo isso pagando um pouco menos”.
Se a situação já é complicada no estado sul-mato-grossense, em Roraima é ainda pior, com 8 dias de duração do vale. Em estados como Acre, Alagoas, Mato Grosso, Pará e Piauí o valor dura nove dias.
Quem acompanha os dez dias de durabilidade do beneficio em Mato Grosso do Sul é o Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.
Os estados que estão na média nacional de 11 dias são Bahia, Goiás, Espírito Santo e Paraíba. O Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Pernambuco, Paraná, Rondônia e Santa Catarina têm um VR com 12 dias de duração.
No topo da lista com maior duração dos vales está Minas Gerais com 14 dias. Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo aparecem em seguida com 13 dias.
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