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Economia

Inflação deve encerrar ano em 4,89%, prevê mercado financeiro

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, que é de 3%

Por Izabela Cavalcanti | 19/12/2024 08:18
Pais escolhendo brinquedos em loja de Campo Grande; preço dos produtos ajudam no aumento da inflação (Foto: Henrique Kawaminami)
Pais escolhendo brinquedos em loja de Campo Grande; preço dos produtos ajudam no aumento da inflação (Foto: Henrique Kawaminami)

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve encerrar o ano a 4,89%, conforme estimativa do mercado financeiro no Boletim Focus, divulgada esta semana pelo Banco Central.

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O Boletim Focus prevê que o IPCA fechará 2023 em 4,89%, acima da meta de 3% para 2024. As projeções de inflação para os anos seguintes também superam a meta, enquanto a taxa Selic, atualmente em 12,25%, deve subir para 14% em 2025 e cair gradativamente nos anos seguintes, influenciada pelo dólar alto e incertezas econômicas. O sistema de meta contínua entrará em vigor em 2024, eliminando a necessidade de definição anual da meta pelo Conselho Monetário Nacional.

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2025, a projeção da inflação também subiu para 4,6%; 2026, 4%; e 2027, 3,66%.

Ano que vem, o sistema de meta contínua entra em vigor, e não será mais necessário que o Conselho Monetário Nacional defina uma meta a cada ano.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 12 meses a inflação acumula 4,87%. Em novembro, a inflação no Brasil foi de 0,39%.

Para atingir a meta de inflação no ano, o Banco Central usa a Taxa Selic, taxa básica de juros, definida em 12,25% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária).

O dólar alto e as incertezas econômicas diante da inflação fizeram o Banco Central aumentar os juros na última reunião do ano, no dia 11 de dezembro.

Além disso, a expectativa é de que a Taxa Selic aumente um ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem.

Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica de juros suba para 14% ao ano; para 2026 deve reduzir para 11,25% ao ano; e em 2027, 10% ao ano.

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