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Economia

Investidores de MS estão entre os que mais arriscam na hora de aplicar dinheiro

Economista explica que o cenário se deve pela possibilidade de ganhar ainda mais com o valor alto aplicado

Izabela Cavalcanti | 14/08/2023 09:39
Aplicação de dinheiro na poupança pode ser feita pelo caixa eletrônico (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Aplicação de dinheiro na poupança pode ser feita pelo caixa eletrônico (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Investidores de Mato Grosso do Sul demonstraram ter maior “apetite” ao risco na hora de aplicar o dinheiro, representando 57%. Os dados são da pesquisa feita pelo Santander Brasil, entre janeiro e junho deste ano, publicada pelo Valor Econômico.

O Amapá lidera com 69% dos investidores que mais arriscam e Goiás aparece com 3%. Já sobre ser mais conservador, está Tocantins (72%); Roraima (66%); Mato Grosso (62%) e Sergipe (61%). Em relação ao segmento de Previdência, Mato Grosso do Sul fica com 7%.

Conforme o economista Odirlei Fernando Dal Moro, isso ocorre pela possibilidade de ganhar ainda mais. “O apetite pelo risco nos investimentos se dá pela maior possibilidade de ganhos. Diz respeito ao risco de perder todo o dinheiro mesmo. Investimentos em renda fixa, por exemplo, oferecem maior segurança, mas o rendimento geralmente é limitado”, disse.

Odirlei destaca sobre as opções em investir, como poupança, criptomoedas, renda fixa e até jogos de loteria.

“O investimento que apresenta a maior relação a risco e retorno são os jogos de loteria. Um investimento de menos de 10 reais pode lhe tornar milionário em uma semana, mas sabemos que a maioria das pessoas perde. Por outro lado, investimentos em ações de empresa são também arriscadas, mas não apresentam tantas características especulativas como jogos de loteria ou criptomoedas”, explicou.

O economista orienta ainda que a poupança é a melhor opção para quem quer algo mais seguro e de liquidez imediata. Mas se a pessoa estiver pensando a longo prazo, há como se arriscar mais, comprando ações de empresas, por exemplo.

Pesquisa – Ainda conforme o levantamento do Santander, a categoria que mais cresceu entre janeiro e junho de 2023 foi a renda fixa, que inclui CDBs (Certificado de depósito bancário); LCI (Letra de Crédito Imobiliário); LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas), saindo de 32% para 37,5% do total da carteira dos investidores, se comparar o primeiro semestre do ano passado.

O Tesouro Direto caiu 2% e os fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, recuaram 14%. Os fundos de crédito privado e cambiais passaram de 9,15% para 6,36%; a renda variável saiu de 2,06% para 1,26% do total; previdência de 33,2% para 32,41%; e a poupança caiu de 20,94% para 19,72%.

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