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Economia

Marketing digital e cortesia são estratégias de lojistas após fim de restrições

Começo de mês tem vendas em alta para alguns, mas nem todos os comerciantes estão satisfeitos

Liana Feitosa, Cleber Gellio e Caroline Maldonado | 09/04/2022 12:38
Marketing digital e cortesia são estratégias de lojistas após fim de restrições
Movimento de consumidores no Centro é considerado abaixo da média por lojistas. (Foto: Paulo Francis)

Para alguns o momento atual é preocupante e não aponta para retomada da economia, mas outros lojistas falam das estratégias que têm trazido resultados positivos. O começo de mês iniciou com movimento fraco, que só se intensificou neste sábado (9) no Centro da Capital. Os comerciantes que não reclamam do movimento explicam como têm mantido as vendas em alta.

Gerente de loja de jóias e relógias, Wilkes de Paula está no negócio há 29 anos e conta que o movimento nunca foi tão bom, mas não é por acaso.

Marketing digital e cortesia são estratégias de lojistas após fim de restrições
Gerente de loja de jóias e relógias, Wilkes de Paula (Foto: Henrique Kawaminami)

"Temos estratégias, por exemplo, a moto entrega. A entrega custa R$ 18. A vendas por entrega ainda são 30% do total. Investimos muito em marketing digital e isso tem sido bom. O que a gente fazia antes da pandemia, não vai dar certo no 'pós-pandemia'. Quem não entrar no marketing digital não vai sobreviver", alerta o gerente.

Ele conta que também oferece serviços de cortesia, que têm atraído os clientes. Gerente de loja de vestuários, Gleicy Campos, também comemora melhora nas vendas.

Marketing digital e cortesia são estratégias de lojistas após fim de restrições
Gerente de loja de vestuários, Gleicy Campos (Foto: Henrique Kawaminami)

"Em janeiro e fevereiro já sentimos retomada. Março não foi tão bom, mas nessa última semana já dobrou o volume de vendas. A expectativa é boa para os próximos meses. As  pessoas estão voltando a gastar com roupas. Tinha cliente que gastava média de R$ 1 mil, passou a gastar somente R$ 500 e agora está voltando ao que gastava antes", conta.

A questão do movimento de clientes divide opiniões. Não está tendo um aumento para todo mundo. O comerciante Márcio Jamil trabalha há 10 anos na região. Ele considera que, de dois anos para cá, esse é o pior mês de abril.

“Na pandemia foi até melhor, mas, agora, o movimento caiu muito, entre 60% e 70%, sem dúvidas. Essa queda é geral, as pessoas estão com o pé no freio, não estão comprando. Imagine só, a pessoa está lá no bairro dela e quer vir para o Centro, mas a gasolina está cara e, chegando aqui, ela vai ter que pagar estacionamento para poder consumir nas lojas. Então ela acaba ficando no bairro mesmo porque não compensa vir”, considera Jamil.

Ele conta que só não fechou as portas, porque tem prédio próprio. Gerente de loja de variedades na rua Dom Aquino, Katy Guedes, diz que o movimento é bem menor do que o esperado.

Ela acredita que as obras atrapalham a retomada de clientes no Cento. "Essas reformas, eles fazem sem planejamento. O trânsito fica horrível e as pessoas deixam de vir ao Centro, assim como tem várias lojas que ficam prejudicadas na questão do acesso. Pelo menos, no Centro tem sido assim", avalia.

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