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Economia

Mercado tradicional fecha as portas, demite 45 pessoas e não paga salários

Priscilla Peres | 26/12/2016 13:14
Mercado tradicional fecha as portas, demite 45 pessoas e não paga salários
Unidade principal da empresa fechou as portas na semana passada. (Foto: Renata Volpe)

Um dos mais tradicionais mercados de Campo Grande, o Ki Frutas fechou as portas na semana passada. A unidade que enfrentava uma crise econômica decidiu encerrar as atividades na quinta-feira (22) e dispensar todos os 45 funcionários, que estão com salários e 13° atrasados.

De acordo com o Sindicato dos Empregados do Comércio, em novembro a empresa demitiu 25 funcionários com o fechamento da unidade do bairro São Francisco e até hoje, não foram pagos os salários atrasados e nem as rescisões trabalhistas. Na semana passada, outros 20 foram dispensados nas mesmas condições, quando fechou a unidade principal, na Vila Glória.

Funcionários que não se identificaram com medo de retaliação, disseram ao Campo Grande News que a situação financeira da empresa era difícil há meses. Os salários estavam atrasados e em dezembro, foram feitos sorteios. "Esse mês eles sortearam R$ 300 entre os funcionários. Como não tinha dinheiro, quando sobrava um pouco era feito isso".

Depois uma série de problemas, como agressão física entre patrão e empregado, na quinta-feira a proprietária decidiu fechar as portas. "Estava vendendo pouco, quase não tinha produto. Então ela deu R$ 100 para cada um, falou para a gente levar alguns produtos e nos dispensou", conta.

Em 12 anos de trabalho no local, a ex-funcionária conta que essa foi a primeira vez que isso aconteceu. "A gente percebeu pela falta de mercadorias e atraso nos salários que eles estavam com problemas. Mas a dona sempre nos dava esperança, de que iria melhorar. A gente não imaginava que isso fosse acontecer".

Hoje, trabalhadores foram ao RH (Recursos Humanos) para entregar a carteira de trabalho e saber sobre o pagamento, mas não encontraram respostas. O sindicato foi acionado e afirma que vai entrar com ações individuais contra a empresa.

"Não temos contato com os donos e precisamos esperar o fim do recesso judiciário para que os processos andem", afirma o diretor do SEC/ CG, Euvidio Barbosa Santos.

A empresa tem viés familiar e o Campo Grande News entrou em contato, por telefone, com os proprietários, mas não obteve sucesso até o fechamento desta matéria.

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