Mesmo com queda na produção, MS terá 3ª maior colheita de milho safrinha
Estado perde apenas para Mato Grosso e Paraná, que devem colher 25.933.000 e 9.136.000 toneladas, respectivamente.
Embora a projeções apontem queda de 28,4% na produção de milho safrinha causada pela estiagem, Mato Grosso do Sul se mantém em destaque e deve ter a terceira maior colheita do país. É o que aponta relatório da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que calcula resultado de 6.877.000,6 toneladas do grão.
O montante perde apenas para Mato Grosso e Paraná, que devem colher 25.933.000 e 9.136.000 toneladas, respectivamente.
A safrinha 2017/2018 deverá ter 2,7 milhões de toneladas de milho a menos em relação ao ciclo anterior, quando foram colhidas 9.609.000 toneladas do grão. A falta de chuvas que atingiu o ápice no fim do outono afetou seriamente as plantações principalmente na região sul. As perdas foram estimadas em até 40% levando em consideração todas as áreas semeadas. Individualmente, alguns produtores colherão praticamente nada.
Conforme a Conab, a produtividade do milho safrinha foi prevista em 4 mil quilos por hectare, retração de 26,7% em relação ao plantio passado, que fechou com resultado de 5.460 quilos por hectare.
Também houve queda na área plantada. As lavouras foram de 1.759.000 hectares no ciclo 2016/2047 para 1.719.000 este ano, o que corresponde em uma redução de 2,3%.
Mato Grosso do Sul não foi o único estado que contabiliza prejuízos pela falta de chuva. A produtividade em todo o país sofreu forte impacto e o resultado estimado é de 56 milhões de toneladas, 16,9% a menos que no ciclo passado e 3,8% inferior ao levantamento anterior.
A semeadura do milho segunda safra depende da velocidade da colheita da soja, tendo em vista que, na grande maioria dos estados, o cultivo é feito em sucessão.
O atraso no início do plantio da soja postergou a época de colheita da oleaginosa e encurtou a janela ideal de semeadura do milho, fazendo com que parte da safra fosse semeada fora da janela ideal de plantio.
Segundo a Conab, os baixos preços, no momento da tomada de decisão do produtor, trouxeram duas consequências para a oferta do cereal. A primeira foi a redução na área semeada, agora estimada em 11,5 milhões de hectares, redução de 4,2% frente à temporada 2016/17.
A segunda foi a decisão do produtor, nos principais estados, em reduzir o pacote tecnológico utilizado na cultura, sobretudo no quesito sementes e nutrição, que combinado com a instabilidade hídrica, levou a uma importante redução nos níveis de produtividade, visto que a cultura teve seu potencial produtivo bastante afetado.