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Economia

Estiagem e redução de área plantada podem quebrar safra do milho em MS

Falta de chuva entre março e abril aliado à redução da área plantada pode prejudicar safra do grão no estado.

Anahi Gurgel | 03/06/2018 15:43
Colheita ja começou em algumas regiões do estado. Produtividade deve ser inferior em relação à safra passada. (Foto: Divulgação/Aprosoja)
Colheita ja começou em algumas regiões do estado. Produtividade deve ser inferior em relação à safra passada. (Foto: Divulgação/Aprosoja)

A escassez de chuvas entre os meses de março e abril pode fazer com que a produção de milho em Mato Grosso do Sul encolha 28,27% neste ano, em relação à safra passada. Com a estiagem, justamente no período de desenvolvimento da planta, aliado à redução na área cultivada, a projeção é de uma colheita de 7 milhões de toneladas, contra o recorde de 9,8 milhões de toneladas na safra 2016/2017.

Os dados constam no Relatório de Acompanhamento de Safras do Projeto Siga (Sistema de Informações Geográficas), serviço disponibilizado pela Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), em parceria com a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de MS) e o Sistema Famasul.

A estimativa é que sejam colhidas 69 sacas de milho por hectare, totalizando 7,038 milhões de toneladas, em área de 1,7 milhão de hectares. Na safra anterior, com chuvas regulares, a produtividade atingiu 88,3 sacas por hectare, batendo o recorde do estado de 9,8 milhões de toneladas em 1,8 milhão de hectares.

Em alguns municípios mais afetados pela estiagem, como Amambai, a quebra pode chegar a 40%.

Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) o índice acumulado de chuvas em abril do ano passado foi de 2.987 milímetros em todo estado, contra 972,6 deste ano.

Outro problema foi o plantio tardio da cultura por conta do adiamento da colheita da soja, dessa vez por excesso de chuvas, o que obrigou os produtores a plantar o milho em datas diferentes.

“Se a produção reduziu, o produtor pode ter a boa surpresa de não sofrer impacto no faturamento. Isso porque o milho apresenta forte valorização nos últimos meses, puxada pela quebra na safra argentina e pelo desempenho abaixo do esperado na região Sul e Goiás”, comunicou a Semagro.

A saca de 60 quilos, que foi negociada entre R$ 18,00 e R$ 20,00 na safra passada, está cotada a R$ 34,00 nesta safra - alta de 47% , que pode compensar a quebra na produtividade.

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