Produtores fecham plantio da soja com atraso de duas semanas no Estado
Apesar do atraso por conta do clima a estimativa de produção continua em 9,9 milhões de toneladas de soja
Com atraso de 14 dias em relação ao ano passado, a safra de soja de Mato Grosso do Sul está 100% plantada. A semeadura terminou no dia 6, segundo dados do Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio). A expectativa de produção foi mantida em 9,9 milhões de toneladas está mantida.
Os números foram apresentados pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS) ao secretário Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria Estadual Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), em reunião hoje (09), e alertam para a incidência de pragas e o milho segunda safra.
Segundo o levantamento ainda não foram registrados focos de ferrugem asiática no Estado, mas foram detectadas incidências no Paraná, em região próxima a Mato Grosso do Sul. Isso reforça o alerta de caráter permanente e preventivo para a ocorrência de pragas com o andamento da safra. O Siga/MS fará em janeiro o levantamento de uso e ocupação do solo, para avaliar a safra.
A previsão de 3,163 milhões de hectares foi mantida mesmo com o atraso, com crescimento de 6%, produção em 9,9 milhões de toneladas, e produtividade média de 52,19 sacas por hectare.
Milho – O atraso no cultivo da soja devido as condições climáticas irá impactar a segunda safra de milho, conhecida como safrinha. “No ano passado 70% da área de soja recebeu milho, nesse ano já esperamos um nível de comprometimento da área a ser plantada e os preços em alto, devido ao baixo estoque no período de passagem”, explica o secretário Jaime Verruck.
Neste ano, as exportações de milho atingiram níveis históricos em Mato Grosso do Sul, com alta de 401%, bem como o consumo do grão, contribuindo para baixa quantidade de milho na passagem de uma safra para a outra. Em 2020 a expectativa é de que o consumo continue em alta, influenciado pela produção de bovinos, suínos e aves aquecida no Estado, o que deve afetar fortemente nos preços.