Receita de exportações da indústria tem queda de 35% neste ano
Em maio, a receita de exportações dos produtos industrializados somou US$ 236,3 milhões em Mato Grosso do Sul. O resultado é o pior para o mês dos últimos cinco anos e quando comparado ao mesmo período do ano passado, a retração chega a 35,7%. Os números foram divulgados pelo Radar Industrial da Fiems (Federação da Indústria de MS).
No acumulado do ano, as exportações de industrializados do Estado apresentou queda de 17,8%, passando de US$ 1,43 bilhão para US$ 1,17 bilhão, entre janeiro e maio. Nesse período, os grupos grupos “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Couros e Peles” e “Papel e Celulose”, tiveram redução nos produtos exportados.
Entre os grupos, a maior retração nas exportações foi sentida pela mineração de ferro. A receita de janeiro a maio de 2015 alcançou o equivalente a US$ 87,2 milhões, indicando recuo de 40,6% sobre 2014, quando as vendas foram de US$ 146,7 milhões. O resultado é consequência da queda de quase 50% no preço pago pelo produto.
Os setores de Couros e Óleos Vegetais também tiveram quedas expressivas no ano, que somam 37,9% e 39% respectivamente. O que influenciou o resultado de ambos foi a redução no consumo de importantes países. No segundo grupo, por exemplo, houve queda de 64% nas compras realizadas pela Tailândia e Holanda, sendo que os dois países eram os principais destinos das vendas de Mato Grosso do Sul.
Os setores mais importantes do Estado, tiveram quedas menores, mas de grande significância. O grupo frigorífico teve receita de US$ 345,2 milhões entre janeiro e maio, resultado 29,1% menor que no mesmo período de 2014. Mercados externos grandes, como a Rússia reduziram o consumo nesse período, influenciando diretamente nas nossas exportações.
Já o mercado de papel e celulose teve queda de 4% neste ano, comparado ao ano passado. O motivo é o mesmo, a diminuição das aquisições em importantes mercados compradores da celulose sul-mato-grossense, com destaque para a Coreia do Sul, Estados Unidos, Itália e Holanda.
O único segmento que neste ano apresenta alta é o de açúcar e álcool. A receita de exportação de janeiro a maio de 2015 alcançou o equivalente a US$ 148,7 milhões, crescimento nominal de 47,4% sobre igual período do ano passado, quando as vendas foram de US$ 100,9 milhões. A comercialização de produtos desse segmentos foi o responsável pela alta.