Tecnologias fizeram mulheres dobrarem presença no agro
Elas têm nível de escolaridade proporcionalmente superior ao dos homens, segundo dados do MTE
Elas estudam por mais tempo e por isso apresentam um nível de escolaridade proporcionalmente superior ao dos homens. Por esse e outros motivos, as mulheres conseguiram, em dez anos, dobrar sua participação em cargos da agropecuária em Mato Grosso do Sul.
Todos os setores da economia do Estado apresentaram aumento da participação de mulheres, exceto a administração pública e a construção civil.
Os dados são do MTE (Ministério do Trabalho e Previdência), levantados e analisados pelo Sistema Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS).
Segundo a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira, as tecnologias e a capacitação constante são os motivos desses números.
“O crescimento da atuação das mulheres nas atividades agrícolas acompanha o aumento da produção e de tecnologias presentes no agronegócio, gerando oportunidades para todos. A atuação das mulheres no campo será cada vez maior, considerando que elas apresentam um nível de escolaridade proporcionalmente superior aos homens em razão da contínua capacitação profissional”, explica.
Onde e como estão?
A presença das mulheres é maior na criação de bovinos, com 53,44% de participação. Em seguida, no cultivo de soja com 13,90%. Nas atividades de apoio à agricultura, elas são 6,35% e no cultivo de cereais são 4,88%.
Até 2020, cerca de 66% das mulheres receberam até 1,5 salário-mínimo e mais de 23% receberam de 1,5 a 3 salários. Em relação à escolaridade, a maioria delas obtém o ensino médio completo, com 41,23%.