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Educação e Tecnologia

Membro da transição do governo Lula quer reajuste de 40% nas bolsas de pesquisas

Ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera participou de um Fórum Científico realizado em Campo Grande

Jhefferson Gamarra e Cleber Gellio | 01/12/2022 16:40
Ex-ministro Celso Pansera, durante participação de evento científico realizado na Capital (Foto: Divulgação)
Ex-ministro Celso Pansera, durante participação de evento científico realizado na Capital (Foto: Divulgação)

Integrante da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Celso Pansera participou de forma remota, na tarde desta quinta-feira (1º), do Fórum Nacional de pesquisas e inovações científicas, realizado em Campo Grande pelo CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) e CONSECTI (Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação).

A participação do ex-ministro, que é cogitado para comandar novamente a pasta da ciência e tecnologia, empolgou os pesquisadores presentes. Entre as principais demandas da categoria está a reposição nos valores das bolsas para pesquisas científicas e acadêmicas em todo o País.

Em 2022, as bolsas federais de pesquisa para mestrandos e doutorandos completaram nove anos sem reajustes. Atualmente, os bolsistas recebem R$1.500 no mestrado e R$2.200 no doutorado das duas principais agências federais de pesquisa, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

“Nosso pedido para a transição e também para o parlamento será um reajuste de no mínimo de 40% para o orçamento do ano que vem, o que seria algo em torno de 400 milhões de reais para o CNPQ e em torno de 800 milhões para a Capes. Para o próximo ano, com o novo governo instalado, a meta seria buscar o restante recompondo o valor de 2013. Essa é uma necessidade urgente”, garantiu Pansera.

Odir Antônio Dellagostin, presidente do Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) (Foto: Cleber Gellio)
Odir Antônio Dellagostin, presidente do Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) (Foto: Cleber Gellio)

Segundo dados apresentados pela equipe de transição, a desvalorização pela falta de reajuste já chega a 65% do valor, ou seja, um pesquisador em nível de mestrado deveria receber, pelo menos, R$ 2.505 ao mês, e um doutorando, R$ 3.674.

Para Odir Antônio Dellagostin, presidente do Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa), os reajustes das bolsas são temas antigos e que carecem de urgência para o desenvolvimento de setores da ciência e tecnologia.

“O reajuste das bolsas é um tema que o Confap vem insistindo há bastante tempo e agora conseguimos ver uma perspectiva concreta do reajuste do valor das bolsas que é tão importante para todo o ecossistema de ciência e tecnologia. Ele sinalizou um percentual para recompor os valores que elas tinham em 2013 quando teve o último aumento. O reajuste de 40% ameniza um pouco e, além disso, ele sinalizou ainda que em 2024 teria mais um percentual de aumento, restituindo em 100% a defasagem”, garantiu Dellagostin.

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