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Jogo Aberto

Bernal faz 22 dias e ainda sem sete secretários

Edivaldo Bitencourt | 17/09/2015 06:00

Incompleta – Ao completar 22 dias no cargo, o prefeito Alcides Bernal (PP) continua com a equipe incompleta. Das 13 secretarias, sete continuam sem titulares. E duas continuam sob o comando de interinos. E nas autarquias e fundações, só uma, a Emha, está com titular, Dirceu Peters.

De novo – Bernal enfrenta o mesmo problema que teve na primeira oportunidade no comando do município. Antes de ser cassado, ele permaneceu por 13 meses sem nomear o chefe de gabinete. Agora, pastas importantes, como Educação e Obras, continuam sem comando.

Poder – O secretário com maior influência na atual administração é o de Governo. Paulo Pedra conseguiu emplacar praticamente toda a equipe e ainda conseguiu emplacar o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação, o arquiteto Dirceu Peters.

Nem extra – Nesta quarta-feira, o prefeito até publicou um Diário Oficial de Campo Grande extra, mas continua com a equipe incompleta. A edição adicional só publicou a relação dos demais integrantes da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle.

Pago, mas... – Bernal assumiu, ontem, o compromisso de pagar o reajuste de 13,01% no piso dos professores da rede municipal. No entanto, ao ser questionado pelo vereador Ademar Vieira Junior, o Coringa (PSD), ele fez um adendo, só paga se a prefeitura tiver dinheiro disponível em caixa.

Patada – O prefeito, que já foi à Justiça ao ser chamado de burro pelo ex-governador André Puccinelli (PMDB), foi ríspido com Coringa. Ele disse que “educação vem de casa e os valores morais e intelectuais e morais se adquirem com a vida”. Teve gente que viu crítica indireta ao parlamentar.

Não é assim – O deputado estadual Lídio Lopes (PEN) avalia que Bernal não poderia ter voltado ao cargo. Ele tem o mesmo entendimento da Câmara Municipal, que o progressista não deveria voltar ao cargo porque foi candidato a senador nas eleições do ano passado.

Caça as bruxas – Lídio acusou o prefeito de repetir a política da primeira edição: promover um caça as bruxas na administração municipal. “É como se uma raposa fosse cuidar do galinheiro”, afirmou. Ele disse que a população não tem condições de agüentar até 2016. “Teria que ter uma eleição indireta ou um juiz assumir a prefeitura, como ocorreu em Dourados”, defendeu Lídio, que é desafeto de Bernal.

Esperança – O presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), ainda tem esperanças de que o deputado estadual Marquinhos Trad seja o candidato do partido a prefeito da Capital em 2016. “Não temos outro nome com o mesmo potencial que ele, que tem um grande apelo popular”, reconheceu.

Eleições – Os partidos aguardam a sanção da reforma política pela presidente Dilma Rousseff (PT) para começar a definir o futuro. Caso ela não vete, a janela para mudar de partido passa a ser até março de 2016. Agora, se não houver mudança, os candidatos devem definir o rumo até o fim deste mês e ainda de acordo com as regras atuais, ou seja, só vale partido novo para não perder o cargo.

(colaboraram Antonio Marques e Leonardo Rocha)

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