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Justiça agora pode até cobrar Delcídio

Marta Ferreira | 17/10/2018 06:00

Ainda à espera - A Justiça Eleitoral rejeitou o registro de candidatura de Delcídio Amaral (PTC) ao Senado, depois da derrota nas uras. A juíza Elizabete Anache, que deu seguimento ao processo, argumentou que era preciso decidir sobre o deferimento ou não do registro para alimentar o sistema de totalização de votos.

Outro motivo - Segundo ela, também era preciso decidir sobre o pedido de registro de candidatura por outro motivo. É que só assim daria para embasar possível solicitação de ressarcimento ao erário em razão de eventual abuso de direito em uso de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

Valores - Segundo os dados disponíveis na Justiça eleitoral, a campanha de Delcídio, em menos de 20 dias, teve despesas contratadas de R$ 369 mil. O total de recursos arrecadados foi de R$ 45 mil.

Pauta única - O deputado Pedro Kemp (PT) resolveu repercutir a eleição nacional na Assembleia, durante a sessão de terça-feira, dizendo que foi uma campanha "esvaziada de ideias", baseada no "sentimento" dos eleitores, que rejeitam este ou aquele candidato. Como era de esperar, criticou o candidato Jair Bolsonaro (PSL), adversário de Fernando Haddad pela presidência da República.

Argumento - Nas palavras de Pedro Kemp, o candidato que lidera as pesquisas contra o de seu partido tem posições contraditórias sobre temas essenciais. "Ele (Bolsonaro) diz que é contra o aborto, por ser a favor da vida, mas defende a tortura? Não faz muito sentido", disse o petista.

Alto lá - Lídio Lopes (PEN) concordou em partes com o colega, alegando que realmente "faltaram propostas" na eleição presidencial. Mas preferiu identificar em boa parte da população um sentimento "anti-PT".

Ponderação - Também argumentou que muitas "visões" dos candidatos sobre este ou aquele assunto não vão ser implantadas de forma unilateral. "Não se pode simplesmente dar uma canetada sobre este ou aquele tema, qualquer decisão precisa passar pelo Congresso, que é soberano".

Podia - O deputado Eduardo Rocha (MDB), que preferiu apoiar Reinaldo Azambuja (PSDB) no segundo turno, ponderou que fez esta escolha porque houve "liberação" e "autorização" da legenda para tomar esta atitude. Ainda ressaltou que foi uma "surpresa" para ele, a aliança do MDB com o PDT. "Da minha parte estive na base do Reinaldo desde o início e entendo que é o melhor projeto, por isso segui o mesmo caminho".

Nem lá, nem cá - O deputado Renato Câmara (MDB) diz que "liberou" sua base política para apoiar quem quiser no segundo turno em Mato Grosso do Sul. "Tem alguns que já são aliados de longa data do PSDB e do Reinaldo (Azambuja) e outros preferem apoiar o Odilon (Oliveira), por isso eu preferi não ir a nenhum palanque, ficando neutro".

Confundido ?- Câmara foi citado entre os que participaram de reunião para apoiar Reinaldo, mas negou. A coluna apurou que o irmão dele, Rogério Câmara, estava no encontro.

(Com Leonardo Rocha e Aline dos Santos)  

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