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Arquitetura

Cemitério e lugar vigiado: Lenita ‘abraçou’ praça para entender Capital

Historiadora partiu da Praça Ary Coelho para estudar sobre como Campo Grande se “inventou” Capital

Por Aletheya Alves | 25/08/2024 07:31
Lenita partiu da Praça Ary Coelho para estudar história de Campo Grande. (Foto: Divulgação)
Lenita partiu da Praça Ary Coelho para estudar história de Campo Grande. (Foto: Divulgação)

Em período de comemorações do aniversário de 125 anos de Campo Grande, o caminho da historiadora Lenita Maria Calado para entender sobre a Capital é mais uma forma de olhar para as narrativas que compõem a cidade. “Abraçando” a Praça Ary Coelho, a escritora partiu dela, que já foi cemitério e local vigiado, para entender como o município se inventou como o principal de Mato Grosso do Sul.

“Eu tinha que ter um objeto que me levasse à população da cidade, às pessoas e achei que a praça seria interessante pois ela acompanhou todas as transformações, como fonte e objeto da história da cidade ao longo do tempo”, descreve a historiadora. Todo esse estudo se envolve com sua tese de doutorado e que, agora, foi transformada em livro.

Retornando a 2018, quando houve a defesa da tese, ela narra que que tudo começou com uma “intriga”: “como Campo Grande se inventava como capital, desde o dia da divisão do estado de Mato Grosso e criação de Mato Grosso do Sul, fato que havia lhe dado o título de capital?”.

Historiadora conta sobre como espaço já foi cemitério, um local vigiado e teve casa de chás. (Foto: Divulgação)
Historiadora conta sobre como espaço já foi cemitério, um local vigiado e teve casa de chás. (Foto: Divulgação)

Por isso, se conectou à praça principal, já que os registros encontrados mostram que o espaço surgiu como um cemitério em 1872 e ganhou o título de praça só em 1909. Nesse processo, o antigo “passeio público” já teve casa de chás, recebeu várias apresentações de orquestras no coreto e se tornou um verdadeiro espaço da alta sociedade.

Depois, se tornou um local esquecido e vigiado, com a ditadura ganhou movimentos com sua ocupação até que só em 2013 a reforma veio.

“As transformações por quais ela passou, ao longo do tempo, foram reflexos das transformações da cidade. Assim, pôde-se entender o que fez Campo Grande se inventar como capital e como as relações de poder na Praça Ary Coelho representavam esse processo contínuo que se estende até os dias atuais”, defende Lenita.

Especificamente sobre o tempo do livro, nas páginas há a investigação da autora sobre a passagem de Campo Grande de interior para uma capital. E, para ela, as maiores transformações foram com as ondas migratórias que ainda aumentaram a partir da divisão do Estado”.

Outros pontos como modernização dos comércios, verticalização da cidade, prolongamento das avenidas, construção do Parque dos Poderes e o olhar das pessoas terem mudado caracterizam a construção da Capital.

E, para quem se interessar pelo assunto, o livro “A Invenção de Campo Grande Capital” está disponível no site da Editora Life com frete gratuito.

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