Da decoração ao presente, terrário fechado leva canto verde para ambientes
Depois de ganhar o primeiro jardim no pote, Léia resolveu aprender os segredos do microambiente e agora ensina aqui no Lado B.
O primeiro terrário foi presente de aniversário de um amigo. Bastou para despertar a curiosidade de quem nunca foi boa com plantas, mas se encantou com o jardim em miniatura que nunca precisa ser regado. Desde então, Léia Martinez, de 23 anos estuda para se tornar auxiliar veterinária, mas ocupa o tempo livre com a montagem dos micro-ambientes.
Entre erros e acertos, o que parecia fácil foi o fim de algumas mudas até que Léia encontrasse o equilíbrio, segredo da sobrevivência dos terrários. Com a ajuda da internet, ela pesquisou desde as espécies adequadas para o ambiente até os recipientes indicados. “Você aprende que o ideal é que você feche o vidro e não abra nunca mais, mas quando você ainda não sabe a dosagem de água ele acaba encharcando o ambiente e você precisa abrir para que as raízes não apodreçam”, explica.
Depois de entender o “mecanismo da coisa”, ela resolveu investir em miniaturas e em parceria com um amigo decorador, produziu 40 lembrancinhas para um aniversário infantil. A opção que promete virar tendência na decoração, além dar mais vida ao ambiente também é um jeito de oferecer ao convidado um mimo mais durável e que, ao em vez de ficar guardado em uma gaveta, é capaz de florescer.
Das miniaturas, Léia passou aos tamanhos maiores, utilizando de potes esquecidos na cozinha até garrafas nos mais diversos formatos, a única “exigência” é que a boca seja larga o suficiente para que os elementos sejam posicionados. “O cuidado é simples e na hora de fazer o que conta é a criatividade”.
Diferente do tipo mais popular de terrário, feito com suculentas, aqui as queridinhas da jardinagem de interiores são proibidas. Isso porque o ambiente dentro dos vidros fechados é semelhante à uma floresta tropical, e pode apodrecer raízes e folhas. Léia recomenda espécies que gostem de sombra, calor e umidade como musgos, fitônia e unha de gato.
O Lado B descomplicou a montagem de terrários de suculentas, para relembrar é só clicar aqui. Agora, se os jardins fechados também despertaram a sua curiosidade, é só dar play no vídeo abaixo.
Passo-a-passo: Comece pela escolha do recipiente, que pode ser desde uma garrafa, até um pote esquecido na cozinha ou uma bomboniere, esta última é pouco recomendada por não ter uma tampa capaz de vedar o ar no interior do vidro e deixar escapar a umidade, mas se você ainda sentir segurança em “trancafiar” a plantinha, pode ser ideal para o primeiro terrário.
Escolha a planta de acordo com o vidro, não é prático que ela cresça mais que o ambiente a que está condicionada. A dica de Léia é começar com os musgos, espécie fácil de pegar e se adaptar à umidade.
Limpe o vidro para remover as manchas de digitais, em seguida “forre” o fundo com uma camada de cascalho de um ou dois centímetros, para evitar que o ambiente encharque. Por cima do cascalho, faça uma manta com um tecido leve ou tela fina, para que a terra não se misture às pedrinhas e impossibilite a drenagem da água. Só então coloque a terra com um pouco de substrato indicado para o tipo de planta escolhida.
Com o auxílio de uma pinça ou mesmo das mãos, dependendo do tamanho da abertura da boca do recipiente, posicione as plantas uma à uma. Nessa parte o que vale é a imaginação para decorar o mini jardim. Veja algumas referências na galeria no fim da matéria.
Antes de fechar, rege o terrário com a ajuda de um conta gotas ou um algodão encharcado, isso facilitará na hora de dosar a quantidade de água, evitando que o excesso mate as plantas. Limpe novamente o vidro e feche bem.
Escolha um canto da casa bem iluminado, mas nunca exponha o jardim fechado diretamente ao sol. O calor em excesso pode queimar as plantas.
Acompanhe o trabalho de Léia pelo instagram @leiamartinezlembranca, clicando aqui.
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Confira a galeria de imagens: