Nenhuma decoração contemporânea supera casa de vó legítima da Regina
Casa de Regina é daquelas cheia de 'tesouros' que ela não abandona e mantém até altura dos netos na parede
Há 22 anos, a casinha verde com portões de madeira na Rua Flávio de Matos se tornou moradia da professora aposentada Regina Célia Viera, de 69 anos. De mente criativa, o lar exala a personalidade da dona logo na entrada e as paredes guardam relíquias herdadas da mãe e outras garimpadas por aí, que nenhuma decoração contemporânea supera
A tonalidade verde da fachada foi ela quem escolheu, assim como os portões baixos e de madeira ornamentado por uma mussaenda rosa e jasmins brancos, plantados por Regina quando se mudou.
Na parte externa da casa, o quintal dos fundos faz ligação com a casa vizinha, onde a mãe dela mora, lá Regina cultiva samambaias e um pé de mamão, que é uma das suas frutas favoritas. Uma televisão antiga foi transformada em suporte para os cactos e as suculentas. “Esse meu irmão quem fez, mas a ideia foi minha, ele só executou”, enfatiza.
Ao adentrar a casa, a sensação é daquele aconchego que apenas casa de vó pode oferecer. As paredes são cheias de fotos da família e a maioria dos móveis e dos detalhes da casa são de madeira, um gosto pessoal de Regina. “Eu acho a madeira muito quente, muito aconchegante”.
A cristaleira foi herdada da mãe, e a mesa, segundo a aposentada, é uma relíquia. O móvel possui um compartimento interno, que costumava ser usado para guardar a prataria utilizada nas refeições. No caso da aposentada, ela utiliza o espaço para guardar vários itens de artesanato.
O maior tesouro de Regina são os souvenirs pendurados em quase todas as paredes dos cômodos da parte de baixo do sobrado. Ela conta que alguns ela mesma trouxe para casa, outros foram presentes de amigos e dos filhos. Quando viajou para o Marrocos, trouxe de lá marcadores de livro, que ela decidiu emoldurar e transformar em quadrinhos charmosos que ficam pendurados próximo à porta de entrada da casa.
Outro destaque da casa são as portas do espaço embaixo da escada. Regina conta que pegou duas janelas de madeiras antigas, e transformou a parte de vidro em vitrais com fotos dos netos. Os detalhes em madeira na escada, que servem como apoio para vários vasinhos e suculentas, também foram obra da aposentada. A modificação veio quando o primeiro neto nasceu, por segurança.
Na parte de cima do sobrado, um dos cômodos virou uma biblioteca particular, e o outro um ateliê de costura, que Regina divide com a mãe.No ateliê Regina tem de tudo, inclusive um quadro com o mapa mundi onde marca todos os países em que já esteve, parede com marcações da altura dos netos, registradas conforme foram crescendo.
“Essa mala aqui, eu vi no lixo. Eu falei, ‘escuta, você não quer me dar a mala?’, e aí ele me deu. Já esse quadro aqui, quando eu era criança, era muito famoso ter esse quadro em casa. Aí teve um dia que eu vi esse quadro no lixo, era de uma senhora que faleceu, e os filhos jogaram muita coisa fora. Daí eu trouxe [pra casa], passei betume e ficou parecendo realmente que ele é envelhecido. Eu fui fazendo ela [a casa] ficar com a minha cara”, conta Regina.
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