Com plateia lotada, Vertentes mostra mais uma vez o quanto MS respira música
Na programação, artistas de peso levaram ritmos variados do sertanejo ao latino e do regional ao eletrônico
Apoiar e valorizar artistas regionais é bem o trabalho que o Projeto Vertentes tem feito e sua 10ª edição só provou o quanto as atividades não podem parar. Com plateia lotada, muita gente assistiu aos shows em pé, o bom é que já dava para dançar.
Com 30 minutos por apresentação, o projeto é uma forma de se despedir do final de semana de uma forma light.
A psicóloga Cris Oshiro e amigos foram ao Vertentes pela primeira vez, mas para assistir a apresentação de Escobar Magron, em específico. Com o evento lotado, o grupo foi um dos que ficou na lateral do anfiteatro. “Um evento maravilhoso, a programação chamou a atenção. Estou gostando muito”, garantiu.
A cantora Juliana Monteiro abriu o palco do Vertentes na noite de ontem (19). De Aquidauana, a jovem foi convidada pelo coletivo e agitou o público. Com a base no sertanejo universitário, Juliana passou para o modão e foi até às batidas eletrônicas. Durante apresentação até lágrimas caíram de seu rosto.
“Me emocionei durante a canção Estrelinha, a letra fala de pessoas que já não estão entre nós. É uma música muito bonita e, afinal, todo mundo já perdeu alguém. Enquanto eu cantava, disse a mim mesma: Juliana, não chora! Mas não aguentei. Eu trago de tudo um pouco para show, porque eu costumo dizer que a música não se limita, independentemente de qual seja o ritmo. E eu tento trazer minha verdade. A gente roda o Brasil e toco pouco em Campo Grande, essa foi uma grande oportunidade”, garantiu.
Juliana cantava na igreja, mas foi descoberta por um produtor na passagem de som de um evento. Além dos arredores de Aquidauana, a cantora já se apresentou no palcos de Barretos e Villa Country.
A segunda apresentação da noite ficou com Marcelo Loureiro, instrumentista, de estilo marcante, com influências da música folclórica latina. A noite também recebeu apresentação de Magron Escobar, músico multi-instrumentista, cantor, compositor, produtor musical e do harpista Fábio Kaida, que começou sua carreira musical aos 15 anos ao lado do pai, ‘Duo Los Barbosa’.
Ao Lado B, Fábio Kaida garantiu que a união fortalece a classe e que do projeto Vertentes já nasceu “Roda de Tereré”, um segundo trabalho entre artistas daqui. “Temos que resgatar a música sul-mato-grossense e pontuar que as nossas raízes não nasceram do Chamamé, mas da Polca e da Guarânia. Por aqui, só se fala em Chamamé e estamos passando por cima da história. As maiores composições nacionais são todas polca e guarânia”, explica.
O Projeto Vertentes é um coletivo de música patrocinado pela Engepar e criado no Natal de 2018, por iniciativa do músico Renato Teixeira, que agora reside em Dourados (MS). Ele sentiu a necessidade de unir músicos por cidades em grupos de WhatsApp, a fim de criar opções de trabalho e troca de informações entre os artistas.
O projeto acontece uma vez ao mês na Casa de Ensaio, reunindo sempre atrações de vários segmentos da música. Bebidas e comidas são vendidas na parte externa e toda a renda arrecadada pelo projeto Vertentes é repassada aos artistas que se apresentam.
Para saber das próximas edições é só seguir o Vertentes no Instagram e ficar ligado na programação.
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