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Comportamento

Amigos abrem vaquinha para vendedor que teve Kombi incendiada

"Mercadinho" de frutas pegou fogo em frente à Praça Cuiabá, localizada na Rua Dom Aquino

Gustavo Bonotto | 10/08/2023 20:33
Veículo ficou completamente destruído. (Foto: Bruna Marques)
Veículo ficou completamente destruído. (Foto: Bruna Marques)

Após ter o principal meio de trabalho incendiado na última sexta-feira (4), amigos do vendedor de frutas Noel Isidoro da Silva, de 62 anos, abriram uma vaquinha para ajudar a reformar uma Volkswagen Kombi, que posteriormente será utilizada pelo comerciante.

A ideia surgiu do contador João Paulo da Silva Figueiredo Cristaldo. Para a reportagem, ele detalhou como os valores doados serão utilizados. "O Noel é meu vizinho e o grupo de comerciantes que trabalham nas proximidades da Rua Dom Aquino também se comoveram. O plano é arrumar uma outra Kombi que ele tem, mas está estragada e todo o reparo custaria cerca de R$ 10 mil".

João conta que o vendedor chorou após o grupo de amigos anunciar a ação. "Ele se emocionou. A gente viu a situação que ele está passando, e muita gente quer ajudar, mas não sabe como. Nós orientamos ele a criar uma conta bancária para que ele levante uma grana".

Sem Kombi, Noel agora vende morangos em calçada. (Foto: Bruna Marques)
Sem Kombi, Noel agora vende morangos em calçada. (Foto: Bruna Marques)

Conforme noticiado pela reportagem, uma travesti de 25 anos foi presa em flagrante na esquina com a Duque de Caxias, em frente à Praça Cuiabá, no Bairro Amambaí, em Campo Grande. De acordo com a polícia, o crime foi motivado por vingança - fato desconhecido por Noel.

“Não tem vingança. Eu dou frutas e cigarro pra eles [se referindo aos moradores de rua que vivem por ali]. Da outra vez também foi um morador de rua que ateou fogo no veículo. Não tenho rixa com esse pessoal”, contou. A Kombi não funcionava e ficava estacionada na via", disse.

Para ajudar, você pode enviar qualquer valor para o CPF 447.498.216-91.

Para a reportagem, Noel afirmou que não sabe a motivação do crime, já que "não tem rixa com moradores de rua". (Foto: Bruna Marques)
Para a reportagem, Noel afirmou que não sabe a motivação do crime, já que "não tem rixa com moradores de rua". (Foto: Bruna Marques)

Caso - Conforme boletim de ocorrência, por volta das 2h30, do dia 4, a GCM (Guarda Civil Militar) fazia rondas na região, quando se deparou com o veículo em chamas. A equipe foi abordada por uma testemunha informando que havia visto e identificado o responsável por atear fogo no veículo. Na sequência, a suspeita foi localizada, tentou resistir à prisão, mordeu o dedo de um dos agentes, mas foi contida e presa.

Indagada sobre o fato, a travesti confessou dizendo que havia usado álcool e fósforo para atear fogo na Kombi. Ela disse que o motivo foi por vingança, porque o proprietário do veículo havia colocado fogo em sua barraca três dias antes. Em rondas pela região, os guardas municipais encontraram o galão e a caixa de fósforo que a suspeita utilizou para o incendiar o veículo.

No dia do crime, Noel não se deixou abalar, colocou as caixas de morango na calçada e está trabalhando mesmo assim. Ele vende frutas na região há 19 anos e essa é a segunda vez que ateiam fogo no veículo usado como mercadinho móvel. “Eu já tinha essa Kombi há 5 anos. Paguei R$ 2 mil na época”, contou. O veículo não funcionava, ficava estacionado na via e era usado para expor as caixas de frutas.

Veículo foi rebocado pela Agetran na terça-feira (8). (Foto: Direto das Ruas)
Veículo foi rebocado pela Agetran na terça-feira (8). (Foto: Direto das Ruas)

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