Casal de MS vive o sonho de viajar o Brasil levando a arte do forró
Ana e Pedro, da dupla Vozmecê, finalmente realizaram o que mais queriam: viajar na motorhome e cantar pelos quatro cantos do país
Após quase 1 ano de espera devido a pandemia do novo coronavírus que interrompeu o sonho do casal de músicos Ana Maria Schneider e Pedro Fattori (do Vozmecê) em botar o pé na estrada, finalmente os dois estão – com a ajudinha da van amarela que é ao mesmo tempo casa, estúdio e refúgio – viajando pelo Brasil e espalhando o "forrozin" que tanto gostam.
"Passamos 2020 inteiro construindo nossa casinha sobre rodas e idealizando essa viagem. Agora, finalmente tomamos a coragem de botar o pé na estrada. Ficamos receosos por ainda estarmos em uma pandemia, mas após muita conversa e doses de ansiedade, optamos por 'virar a página' junto com o ano novo, que nos trouxe ares de esperança pela vacina a caminho", afirma Pedro.
Ele explica que o trabalho musical não exige uma interação física com o público, e por isso optaram fazer das "férias" muito trabalho. "De maneira intimista, estamos transitando as ruas e praias de cidades turísticas espalhando o Vozmecê. Nossas apresentações têm sido bastante espontâneas, e estamos conseguindo unir o útil ao agradável", comenta Pedro.
No momento, os dois se encontram em Guarujá, no litoral do estado de São Paulo, e claro que por lá não faltou dar palhinha a quem bem passasse pela praia. Antes, porém, o casal viajou pelo Pantanal sul-mato-grossense até Jardim Alegre, no Paraná, visitar os familiares. Depois, seguiram para a cidade de São Paulo, onde ficaram encantados e ao mesmo tempo assustados com o caos e a energia da metrópole.
"Uma coisa que nos marcou foi a grande quantidade de pessoas em situação de rua, o que é muito triste. Fora isso, não tivemos muita sorte por lá porque acabamos por tocar só no finzinho da semana, onde a bandeira vermelha da covid-19 estava instaurada", explica Ana.
Na sequência foram para o litoral santista. "Achamos a cidade muito bonita, adoramos a orla de lá. Por não conhecermos tão bem o ritmo da cidade acabamos por tocar em pontos não tão bem localizados, mas isso não impediu uma troca legal com os moradores da cidade, o que foi uma experiência maravilhosa", considera a cantora.
Após pegarem a balsa, se encontraram direto em Guarujá – que até agora está valendo a pena. "O pessoal se conectou demais conosco e conseguimos transformar a noite dessas pessoas num momento ainda mais feliz, tudo isso como nosso forrozin", disse Ana.
Desafios – Manter uma rotina vivendo em um veículo não é fácil, mas os dois até que tem conseguido. "Precisamos sempre buscar água potável, seja nas praias ou em postos de gasolina. Há também problemas com a energia elétrica, pois a energia solar das placas não é gerada à noite. Nem tudo são flores. Mas tem sido algo recompensador e nos garantindo vivências inimagináveis", reflete Pedro.
Por enquanto, o casal de MS só visitaram esses pontos, mas ainda prometem que seguirão por muitos e muitos outros. Até mesmo porque, espalhar a arte do forró norte-sul-leste-oeste em tempos de covid, para os dois, tem sido a "luz" no fim do túnel – inclusive pela vacina que está logo aí.
Confira as aventuras de Pedro e Ana no perfil do Instagram da dupla.
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