Bloco “As Depravadas” dá play no Carnaval com show e homenagem à 14 de Julho
Criado nos anos 90, o bloco se tornou “a menina dos olhos” dos profissionais da comunicação
Há quatro anos não sei o que é viver o Carnaval sem olhar o relógio e cuidar o bloquinho de notas. Jornalista que faz pauta de cultura sabe que o período oficial da folia é especial tanto quanto a eleição é para a editoria de política. Não tem jeito.
Pensando nisso, não é à toa que, há 27 anos, o Bloco “As Depravadas” se tornou “a menina dos olhos” dos profissionais da comunicação. O evento proporciona uma manhã de Carnaval feita por eles, e para eles, com direito a marchinhas e sem deadline (prazo máximo para a entrega de uma matéria).
Na manhã deste sábado (15), na Rua Barão do Rio Branco, em Campo Grande, jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e amigos da imprensa se reuniram para mais uma edição do bloco.
Neste ano, é visível o investimento em organização. Desde às 9h, foliões aproveitam a festa com palco, banda, show ao vivo da cantora Juci Ibanez, pintura facial e muita alegria. O bloco também homenageia a Rua 14 de Julho que foi revitalizada.
“Este ano, nós organizamos o bloco. Criamos uma comissão, definimos funções e caminhamos muito atrás de apoio. Felizmente, as pessoas abraçaram a nossa ideia”, explica a jornalista e uma das organizadoras do bloco, Eliane Nobre, 48 anos.
Para ela, a festa é uma oportunidade de reencontro entre amigos que a rotina do jornalismo não permite. “Muitas vezes os colegas não se veem e não confraternizam por falta de tempo. E isso faz falta”.
O bloco não contempla só os colegas da imprensa e profissionais de outros setores também foram aproveitar a festa. Ator e professor, Isac Zampieri, 59 anos, conta que participa pelo terceiro ano.
“A alegria é muito grande. Sou um dos fundadores do Cordão Valu, ao lado da Silvana Valu”, diz. No clima do Carnaval, Isac foi fantasiado de jaguatirica, apelidada por ele de “zazaguatirica”.
A cabeleireira Neusa Veron, 53 anos, aproveitou o bloco para comemorar o aniversário. “O meu aniversário é sempre na folia e o bloco As Depravadas veio a calhar. Não consegui pensar em outro lugar para curtir o meu aniversário”.
O veterinário Mário Sinato, 50 anos, conta que já são três anos participando do bloco. “Amo o Carnaval e em todos os anos penso em fantasias diferentes para participar”.
História do bloco – Criado nos anos 90, durante as horas de conversa no Bar do Zé, o bloco surgiu de um grupo de amigos que tinham em comum a dedicação pelo jornalismo. O primeiro nome foi “Filhos da Pauta”, mas como o nome já existia em Cuiabá, o grupo criou “As depravadas”, com homens vestindo roupas femininas e mulheres com trajes masculinos.
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